10h: Acordar com preguiça num dos lindos e aconchegantes apartamentos que pertencem ao . Equipados com cozinha completa, roupões e espumante de boas-vindas, eles podem ter um ou dois quartos e têm a localização perfeita para começar o dia: em plena Rua das Flores, uma das mais charmosas do centro histórico, fechada para pedestres e recheada de lojinhas, wine bars, restaurantes e cafés simpáticos.
11h: Rume logo para o café da manhã (diga pequeno-almoço) e, se for fim de semana ou alta temporada, vale fazer reserva antes. No Mercador Café (número 180; fecha domingo), o dia começa com deliciosos ovos Benedict, waffles, bowls de fruta e quetais. Para acompanhar, ótimos cafés, sucos naturais e smoothies. Quem quiser se afogar nas calorias, vai encontrar um sem fim de delícias, de croissants a panquecas de doce de leite com banana.
12h: Saia flanando pela Rua das Flores. É turística? É. Está sempre cheia? Sim. Mas é linda, com suas fachadas coloridas, edifícios bem recuperados e gostosas mesinhas ao sol. Repare nas lojas, algumas das marcas mais emblemáticas do país fincaram bandeira ali, entre elas a Benamôr (número 43) e a Claus Porto (número 22), duas representantes do fascinante mundo dos sabonetes, creminhos e perfumes portugueses. De vez em quando, faça um zigue-zague até a vizinha Rua Mouzinho da Silveira. Lá há outros tesouros portugueses, caso da loja da Burel (número 83), o paraíso das lãs artesanais.
13h: O fim da Rua das Flores para quem está descendo vai dar na Praça do Infante D. Henrique, onde fica o emblemático Palácio da Bolsa, que começou a ser construído na primeira metade do século 19. Se tiver uma visita guiada saindo, aproveite! O interior é imponente e realmente vale a pena, especialmente pelo lindíssimo Salão Árabe, uma exuberância decorativa inspirada no espetacular Alhambra, de Granada (na Espanha). Complete o circuito com uma visita à vizinha Igreja de São Francisco, erguida entre os séculos 14 e 15, onde o highlight é o contraste entre a sobriedade da arquitetura gótica e o conjunto de talhas douradas barrocas esculpidas entre os séculos 17 e 18.
14h30: Continue descendo e… bem-vindo à Ribeira, onde as casinhas mais coloridas do Porto encontram o Rio Douro. Antes de passear por ali, cacife uma mesinha na minúscula esplanada da tradicionalíssima Adega São Nicolau e mergulhe sem medo nas sugestões do menu. Entre tantas dezenas de restaurantes pega-turistas, este é quase um segredo escondido da multidão. Da sua cozinha tradicional saem receitas de pratos com cara de comida de mãe. Vale provar o arroz de polvo, o bacalhau, as tripas…
15h30: Hora de bater perna pela Ribeira. Para ter uma das melhores vistas do Porto, atravesse a linda Ponte Luís I até Vila Nova de Gaia, na outra margem do Douro.
16h30: Pegue um táxi e vá direto ao imperdível Museu de Arte Contemporânea de Serralves (são menos de 15 minutos de distância), um dos melhores do país, sempre com boas exposições temporárias em cartaz.
Por volta das 18h, 19h: Tente assistir a um concerto de música clássica na sensacional Casa da Música, um edifício inusitado esculpido na forma de um grande diamante lapidado pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas (confira a programação antes de chegar ao Porto e garanta seu bilhete com antecedência!). Quando eu fui, tive a grata surpresa de assistir A Grande Missa em Dó Menor, de Mozart, um espetáculo da Orquestra Sinfônica do Porto.
20h, 21h: Dependendo da hora prevista para o concerto (ou a visita) acabar, vá jantar ao O Marmorista, a poucos passos de distância da Casa da Música. Uma das grandes aquisições do Porto nos últimos tempos, a casa tem um ótimo bar que serve drinques autorais e cozinha moderninha. Dei azar com o tartar de atum, extremamente fibroso, e a falta de humildade do chef no dia, incapaz de reconhecer uma carne que não se partia nem com a mais afiada das facas, mas nem isso conseguiu estragar a experiência. Fomos das ostras a um delicioso stick toffee pudding, passando pelo crocante tempura de lulas com maionese de wasabi e coentros.
Não deixe de provar o Cerasus, drinque que leva gin, Luxardo Maraschino, limão, shrub de cereja e alecrim. E feche o dia perfeito com chave de ouro!
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Fonte: viagemeturismo