O excesso de mortalidade na União Europeia (UE) em dezembro de 2022 disparou, com índice 19% superior ao número médio registrado no mesmo mês entre 2016 e 2019. O número foi divulgado na sexta-feira 17 pelo Departamento de Estatísticas da UE (Eurostat).
A taxa de mortalidade excessiva somente não foi superior a dezembro de 2020 (+30%) e 2021 (+24%), quando a pandemia de covid-19 ainda era responsável por inúmeras mortes.
O número de mortes em dezembro de 2022 também ficou acima do registrado em novembro do ano passado, quando o excesso de mortalidade foi de 8%.
Segundo o Eurostat, os dados sobre o excesso de mortalidade são apurados com base em estatísticas semanais dos países membros, embora os dados da Itália e Suécia não façam parte deste último levantamento.
A maior taxa de mortalidade excessiva em dezembro foi registrada na Alemanha (+37%), mas outros países também ficaram acima da média da UE: Áustria (+27%), Eslovênia (+26%), Irlanda e França (ambos +25%), Tchecoslováquia, Holanda e Estônia (todos +23%), Dinamarca (+22 %) e Finlândia e Lituânia (ambos +21%).
A Roménia e a Bulgária tiveram taxas negativas (ambas -6%), ou seja, não houve excesso de mortes. Hungria (+3%), Luxemburgo, Espanha e Malta (todos +10%) apresentaram taxas de mortalidade excedentária, porém, inferiores à metade da UE média.
Histórico da mortalidade na UE
Desde a pandemia, a UE tem registrado número excessivo de mortes. Porém, passado o pico de casos e de mortalidade e com altas taxas de vacinação, os números de mortes excessivas continuaram elevados, com destaque para julho de 2022, quando a taxa ficou em 17% e as autoridades atribuíram o aumento à onda de calor.
Os picos de excesso de mortes foram em abril de 2020 (+25%), novembro de 2020 (+40%), abril de 2021 (+21%) e novembro de 2021 (+27%).
Segundo nota do Eurostat, o excesso de mortalidade refere-se ao número de mortes por todas as causas medido durante uma crise, acima do que poderia ser observado em condições “normais”. “O indicador de excesso de mortalidade chama a atenção para a magnitude da crise de saúde, fornecendo uma comparação abrangente de mortes adicionais entre os países europeus e permite uma análise mais aprofundada das causas”, afirma o órgão.
Fonte: revistaoeste