Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, defendeu a derrubada dos supostos balões espiões da China, ocorrida no início de fevereiro, mas disse que está buscando negociações com Pequim. Já a China, nesta sexta-feira, 17, disse estar cética em relação às intenções do presidente norte-americano, afirmando que o governo dos EUA não pode “pedir comunicação” e ao mesmo tempo “escalar a tensão”.
“Não peço desculpas por derrubar este balão”, afirmou Biden, na quinta-feira 17. Biden disse que os EUA “não hesitarão” em derrubar objetos aéreos que possam representar uma ameaça à segurança nacional e afirmou que outros objetos derrubados podem ser privados ou de instituições de pesquisa.
O presidente dos EUA afirmou que não busca conflito com a China e que não quer uma “nova Guerra Fria”, esclarecendo que os diplomatas dos dois países continuam em contato. “Espero falar com o presidente Xi e que cheguemos ao fundo da questão”, disse Biden.
China ameaça EUA em meio à crise dos balões
Na quarta-feira 15, as autoridades chinesas afirmaram que os Estados Unidos estariam usando balões de alta altitude para sobrevoar regiões da China, como Xinjiang, além do Tibete, e alertaram para o fato de que tomarão medidas contra as entidades norte-americanas que “desafiam a soberania chinesa”, enquanto se agrava a tensão diplomática entre os dois países.
“A China se opõe firmemente a isso e tomará medidas contra as entidades norte-americanas relevantes que minam a soberania e a segurança da China, de acordo com a lei”, disse Wang, ministro das Relações Exteriores da China, sem especificar quais seriam as medidas.
De acordo com o país asiático, os EUA sobrevoaram o espaço aéreo chinês, sem permissão, mais de dez vezes desde maio de 2022.
Fonte: revistaoeste