A está à procura de três pessoas de confiança para guardar os segredos da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, falecida em setembro de 2022. “Curador de arquivos” é uma função nova no Castelo Windsor, e as pessoas recrutadas serão responsáveis por arquivar todos os documentos oficiais e pessoais de Elizabeth e seu marido, Philip, Duque de Edimburgo.
O projeto envolve os documentos pessoais da monarca, fornecendo uma visão única de sua vida cotidiana, opiniões sobre diversos assuntos – aquelas que nenhum rei ou rainha pode ousar ter – e múltiplas cartas. A maioria destes documentos ficaram sob sigilo completo durante todo seu reinado, que durou mais de 70 anos.
O candidato escolhido vai passar dois anos examinando a papelada de Elizabeth II, que em sua maioria não foi vista por mais ninguém além dela. O Royal Collection Trust oferece um salário de R$ 200 mil anuais, mais benefícios, para a função que começa em maio deste ano e vai até maio de 2025.
O período de inscrições vai até o dia 26 de fevereiro, no site do Royal Collection Trus.
O arquivista fará a catalogação e revisão do material histórico, além de fazer pesquisas e compartilhar apenas os documentos selecionados com diferentes públicos. O escolhido para assumir o cargo vai ter a função de criar “um registro claro e preciso do material, garantindo que outras pessoas possam navegar e acessá-lo no futuro”.
“A amplitude do projeto proporcionará oportunidades para você desenvolver seus conhecimentos, levando sua carreira para o próximo nível”, diz a descrição do trabalho.
Os candidatos precisam ter uma “experiência significativa de gerenciamento e catalogação de arquivos” e “uma forte compreensão dos padrões internacionais de catalogação, com experiência em gerenciar o acesso a arquivos contemporâneos com sensibilidade e eficácia”.
No entanto, não é apenas um arquivista experiente que o Palácio de Buckingham procura. Eles também oferecem o emprego de catalogador de biblioteca e de arquivos. Ambas as funções têm um salário de R$ 156 mil por ano, mais benefícios.
O catalogador da biblioteca vai “apoiar o projeto significativo e abrangente de catalogar o material da biblioteca relacionado à Rainha Elizabeth II e ao Duque de Edimburgo”, trabalhando com as 220 mil obras da coleção, antes de sua mudança. É necessária uma qualificação profissional de bibliotecário ou experiência com inventário em bibliotecas históricas.
Já o catalogador de arquivos vai responder diretamente ao curador de arquivos, e se juntará diretamente ao novo projeto.
Os arquivos reais têm mais de sete milhões de documentos que datam do século 13 até os dias atuais, enquanto a biblioteca real inclui manuscritos do século 14 a.C. Possíveis usos futuros do material a ser arquivado incluem uma biografia oficial da rainha, ainda não confirmada.
A última obra baseada nos documentos pessoais de uma monarca, “Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe”, do jornalista britânico William Shawcross, demorou seis anos para ser concluída.
Fonte: Veja