Com isso, a base governista deverá indicar dois dos cinco membros de cada comissão parlamentar e, dessa forma, ter controle sobre maior parte da pauta na Assembleia Legislativa em 2022.
O prazo inicial da construção dos blocos parlamentares era quinta-feira passada, mas foi prorrogado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), a pedido do colega de Parlamento Dilmar Dal’Bosco (União), líder do governo, que trabalhou neste período uma possível ampliação do bloco governista.
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Atualmente, o bloco do governo é formado por Dilmar, Botelho, Júlio Campos (União), Sebastião Rezende (União), Beto Dois a Um (PSB), Carlos Avallone (PSDB) e Paulo Araújo (PP). Apesar de ser o maior bloco, com sete membros, continuam tendo apenas uma vaga nas comissões, sendo necessário chegar a nove para ter direito a duas vagas.
As tentativas eram cooptar Diego Guimarães (Republicanos), Nininho (PSD) e Valmir Moretto (Republicanos). E, apesar de nenhum parlamentar confirma isso publicamente, pessoas ligadas a eles e de dentro do governo confirmam a informação.
CCJR cobiçada
Por trás da decisão de adiar o prazo para a formação dos blocos está a disputa pelo controle absoluto da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e outras comissões importantes, como as de Saúde e Acompanhamento Orçamentário.
No União, há uma disputa interna pela vaga no bloco governista. Acontece que Júlio Campos – o deputado mais experiente da nova legislatura – e Sebastião Rezende (União) – o deputado mais antigo na Assembleia Legislativa – querem a única vaga do grupo na CCJR.
A CCJR é a única comissão permanente por onde passam todos os projetos legislativos na no Parlamento estadual. Lá é onde é verificada a constitucionalidade e legalidade jurídica das propostas. É também onde um projeto pode receber relatório por arquivamento, ter a tramitação acelerada ou retardada, de acordo com os interesses de quem a preside, o qual tem poder de indicar qual membro da CCJR irá relatar cada proposta.
Fonte: leiagora