“A autonomia do Banco Central é muito importante, temos muita evidência disso”, disse Roberto Campos Neto, em um evento do BTG Pactual, nesta terça-feira, 14. Ele argumentou que a medida traz ganhos institucionais e geram melhorias na vida da população.
Roberto Campos, que preside o Banco Central no Brasil, citou, por exemplo, o Peru, para demonstrar a importância de manter a medida no país. Ele lembrou que Julio Velarde está à frente da autoridade monetária peruana desde 1997, e que o país mantém a economia estável, apesar da instabilidade política.
O brasileiro explicou que a economia peruana resistiu à tentativa do ex-presidente Pedro Castillo de fechar o Congresso local. “Eu perguntava para o Julio como ele estava, e a resposta era que tudo estava bem”, comentou. De acordo com o economista, nesse período, o colega peruano relatava que o Banco Central do país “seguia a vida”, mesmo com as atribulações políticas.
Além disso, Roberto Campos também citou o como referência. De acordo com o economista, mesmo em meio à mudança constitucional encabeçada pelo governo socialista vigente no Chile, a autonomia da autoridade monetária será preservada.
“A autonomia do Banco Central não só foi mantida no Chile, como está entre os dez princípios básicos da Constituição que está sendo elaborada”, disse Roberto Campos. “Ou seja: é um ganho institucional que eles não vão mexer.”
Fonte: revistaoeste