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Política

Wellington rebate Neri e nega que tenha recebido propina de Silval: “Não devo nada”

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Após denúncia feita pelo deputado federal cassado e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), o seu rival de pleito neste ano, Wellington Fagundes se defendeu e negou  ter recebido R$1 milhão em propina de Silval Barbosa em 2014 e disse que quem acusou tem que provar. A declaração foi dada durante entrevista a TV Cidade Verde Cuiabá, na noite dessa quarta-feira (24).

“É difícil você achar um político com todos os mandatos exercidos [por mim] que não responde a nenhum processo. Minhas contas foram todas aprovadas pela justiça eleitoral. Então eu não devo nada”, disse Wellington.

O senador ainda foi questionado se entraria na Justiça contra Neri, mas afirmou que não há nada a se fazer. “Eu não vou  fazer nada, nota daquilo que não tem origem. Quando alguém faz qualquer acusação cabe ao Ministério Público e a polícia investigar. Se em 2014 não virou nada? Agora é que não vai virar”.

Uma bomba foi soltada na tarde desta quarta-feira (24) pelo deputado federal cassado e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), durante entrevista coletiva realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Ele apresentou um depoimento de Pierre François Amaral de Moraes, que denuncia que Wellington Fagundes (PL), seu principal rival nas eleições deste ano, recebeu R$ 1 milhão em propina para sua campanha ao Senado Federal, e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) recebeu R$ 500 mil para a campanha ao Governo do Estado, no pleito passado.

Conforme o documento, Pierre foi interrogado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários em 2018. Na declaração, ele – que é empresário, dono de madeireira e natural de Rondonópolis, mesma cidade de Wellington Fagundes – disse ter intermediado conversa entre Wellington e o então governador Silval Barbosa, que teria “repassado” o valor de R$ 1,5 milhão de propina da empresa Planserv.

Wellington teria procurado Pierre para cobrar ajuda financeira de Silval, e o empresário ficou de conversar com o governador. No dia seguinte, Silval teria autorizado a entrega dos valores, que serviram para auxiliar na campanha.

O repasse destes valores para Pierre foi feito em um posto de gasolina por meio de pagamento de alguns boletos de valores entre R$ 50 mil, R$ 80 mil e R$ 100 mil. A primeira entrega do montante de R$ 500 mil a Wellington teria sido feita entre os dias 15 e 17 de setembro no apartamento do então deputado.

Já a segunda parte dos R$ 500 mil teria sido entregue ao filho de Wellington, em Rondonópolis, com o dinheiro em espécie dentro de uma caixa de vinho. Outros R$ 500 mil teriam sido entregues para Lúdio Cabral, então candidato ao Governo do Estado, por meio de pagamentos via TED, a pedido de Carlos Rael.

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