“O que a polícia apurou em mais essa operação é um absurdo. Pegou R$ 1 milhão dos cofres públicos da prefeitura de Cuiabá para comprar medicamentos, pagou pelos remédios e nenhum comprimido foi entregue. Tudo isso com nota fiscal fria. É muito grave e desumano com a população”, lamentou.
Para Carvalho, esse tipo de crime tem repercussão direta no cidadão. “É remédio que falta na mesa de cirurgia. É paciente que corre o risco de não ser submetido a uma cirurgia porque não tem a medicação. E isso tudo foi feito durante a pandemia da covid. Usaram desse artifício, de um dos momentos mais frágeis do mundo, em que todos estavam em busca de medicamentos, para desviar dinheiro público para enganar a população”, reforçou.
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A acusação contra o ex-secretário de saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, da gestão Emanuel Pinheiro, que foi (9), foi decorrente da apuração realizada pelo Gabinete de Intervenção.
“É por isso que estão tentando desacreditar o trabalho da intervenção determinada pelo Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Estadual, na Secretaria Municipal de Saúde. Eles querem encobrir as falcatruas que fizeram. Em menos de 8 dias muita poeira foi retirada debaixo do tapete. Todo mundo sabia que havia problema, porque não é normal dever tanto, fornecedores, médicos, faltar medicamentos básicos, como dipirona, e não ter esquema por trás”, avaliou.
Carvalho ainda lembrou que os escândalos de corrupção se tornaram uma rotina na Prefeitura de Cuiabá. “Temos um recorde em Cuiabá que nos envergonha muito. Somos a prefeitura com mais operações policiais. Só na saúde já são 8 operações policiais e três secretários presos. A população de Cuiabá precisa ser respeitada”.
Fonte: leiagora