O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ordenou, na quarta-feira 8, a suspensão do Twitter no país, em meio ao desastre provocado pelo terremoto que atingiu cidades no sul. A decisão provocou uma reação generalizada.
Vários provedores de internet na Turquia restringiram o acesso à plataforma. Jornalistas e organizações de mídia que cobriram o desastre criticaram a medida. Alguns, que conseguiram contornar o bloqueio cobraram Elon Musk para obter ajuda.
“Vergonha! O Twitter foi a principal fonte de comunicação para as pessoas que procuram sobreviventes e vítimas, bem como campanhas de ajuda”, escreveu Hamdi Fırat Büyük, repórter do Balkan Insights.
Depois das manifestações, a Turquia resolveu restabelecer a rede social no país, o que foi confirmado pelo dono da plataforma. Musk disse ontem à noite que as autoridades turcas liberaram o acesso à plataforma.
Críticas contra o presidente
A interrupção ocorreu depois que os cidadãos foram às redes sociais para criticar a resposta do governo à crise. Em um discurso na terça-feira 7, o presidente turco disse que não permitiria a “desinformação”, dizendo ao país para não ouvir “provocadores” nas redes sociais.
Em resposta, a polícia do país informou ter identificado 202 contas de mídia social que fizeram “postagens provocativas” sobre o terremoto. Pelo menos 18 pessoas foram detidas e cinco foram presas, anunciou a polícia, acrescentando que os sites envolvidos em “tais ações” foram fechados.
Dois jornalistas turcos, críticos do governo, foram alvos da polícia por supostamente “incitarem abertamente as pessoas ao ódio e à inimizade”, informou o jornal Balkan Insight.
Fonte: revistaoeste