O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro abriu um processo de investigação criminal contra a ministra do governo Lula Daniela Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho, chefe da pasta do turismo.
O processo foi instaurado a partir de uma notícia-crime protocolada pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O pedido de investigação tem como base uma reportagem do site Metrópoles, que denunciou o uso de dinheiro do Fundo eleitoral de Daniela em “gráficas fantasmas”, levantando a suspeita de desvio de verba pública.
“A hipótese que existe é que essas gráficas eram fantasmas e que foram utilizadas como canal para desvio de dinheiro público”, afirmou Dellagnol à CNN. Ainda segundo o parlamentar, as empresas estavam sediadas em um frigorífico e outra em um espaço de coworking, e “até agora não apareceu nenhum parque gráfico”, afirmou.
O caso
Segundo a reportagem , a ministra de Lula gastou mais de R$ 1 milhão em gráficas que não existem, durante a campanha eleitoral que a elegeu deputada federal pelo União Brasil.
Daniela declarou os gastos em empresas “fantasmas”, que estão no nome de um assessor da prefeitura de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, cidade em que o prefeito é o marido da ministra, conhecido como Waguinho.
Mais de R$ 500 mil foram pagos às empresas Rubra Editora Gráfica Ltda e Printing Mídia Ltda, ambas em nome de Filipe de Souza Pegado, que ocupou o cargo de assessor do setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo, em 2021.
Daniela do Waguinho foi a candidata à Câmara dos Deputados mais votada do Rio de Janeiro, recebendo acima de 213 mil votos. Ao todo, ela gastou mais de R$ 3 milhões em sua campanha.
Fonte: revistaoeste