Da Assessoria
A inclusão, uma das principais bandeiras de Amália Barros, candidata a deputada federal pelo PL em Mato Grosso, estará presente também no dia da votação. A candidata lutou e obteve na Justiça o direito de usar, na urna eletrônica, sua foto com a mão sobre um dos olhos, símbolo que na comunidade surda representa a pessoa da Amália Barros e também a condição do monocular, pessoa com deficiência visual que enxerga com apenas um olho. Há 17 anos Amália Barros foi acometida por uma doença inflamatória que levou à perda da visão do olho esquerdo.
“Sempre defendi, defendo e continuarei defendendo a inclusão. Criei um instituto que faz a doação de próteses para monoculares, batalhei pela aprovação da lei 14.126/2021 (Lei Amália Barros) que assegura a pessoa com visão monocular os mesmos e benefícios das pessoas com deficiência e agora a foto da urna eletrônica é mais uma vitória que reafirma um direito das pessoas monoculares de serem incluídas na sociedade”, afirmou.
Tanto a inclusão como a acessibilidade são preocupações antigas de Amália Barros e, como não poderia deixar de ser, estão presentes no seu material de campanha. Antes de falar em público, Amália sempre faz uma audiodescrição (descreve a si e o local em que se encontra) para que os cegos possam ouvir e entender o ambiente.
Além disso, todas as imagens divulgadas nas redes sociais contam com uma descrição detalhada e inclusiva em texto, identificada com a hashtag Pra Cego Ver (#pracegover). Já os vídeos possuem legendas e intérpretes em Libras para garantir a acessibilidade dos deficientes auditivos.
A luta de Amália Barros para ter sua foto com o símbolo dos monoculares na urna eletrônica é uma vitória importante para a inclusão dos deficientes que, em número cada vez maior, irão às urnas escolher seus representantes. Esse ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o primeiro turno das eleições no dia 2 outubro terá mais pessoas com deficiência nas urnas: o número aumentou 35,27% em quatro anos. Segundo o perfil do eleitorado divulgado pelo TSE, o total de eleitores que declaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida subiu de 939.915 para 1.271.381.
Entre esses mais de 1,2 milhão, 30,47% declararam ter algum tipo de deficiência física, 13,3% visual e 7,97% auditiva. E representando 1% de todo o eleitorado, as pessoas com deficiência terão mais acessibilidade para escolher o presidente da República, governador, senador e deputado federal, deputado estadual ou distrital.