Após o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a teria a oportunidade de se classificar para as Olimpíadas de Paris, em 2024, diversas autoridades ucranianas criticaram a decisão do órgão, que rejeitou todas as acusações nesta segunda-feira, 31.
“O COI rejeita nos termos mais fortes possíveis esta e outras declarações difamatórias”, disse o comitê. “Eles não podem servir de base para qualquer discussão construtiva.”
Entre os membros do governo que criticaram a decisão estava o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, que descreveu o COI neste fim de semana como promotor da “violência, assassinatos em massa e destruição”. Nesta segunda-feira, as declarações continuaram, e Podolyak afirmou que a presença russa nas Jogos Olímpicos daria ao país “uma plataforma de promover o genocídio”.
Desde a semana passada, o presidente da , , iniciou a tentativa de começar uma campanha internacional para pedir que os atletas russos competissem em 2024, quando o COI afirmou que iria acolher a proposta do Conselho Olímpico da Ásia de permitir que os jogadores da Rússia tivessem a chance de competir pelo continente, e não pela Europa.
A deliberação também incluiria eventos de classificação olímpica, já que atletas russos e bielorrussos não têm permissão de competir na Europa por conta de restrições e proibições. De acordo com o COI, cada federação esportiva era considerada uma “autoridade única para suas competições internacionais”.
Nesta segunda-feira, o presidente ucraniano pediu apoio ao primeiro-ministro da Dinamarca para embarcar junto na campanha. Zelensky também prometeu “proteger as estruturas esportivas e o movimento olímpico internacional de serem desacreditados pelos esforços de alguns representantes da burocracia esportiva para permitir que atletas russos participem de competições internacionais”.
Caso a proposta ucraniana fosse acatada, esta não seria a primeira exclusão da Rússia de eventos esportivos de alto nível desde a invasão à Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Em alguns esportes, no entanto, russos podem competir sob uma bandeira neutra. A Fifa, por exemplo, anunciou quatro dias depois do início da guerra que todas as até segunda ordem.
“O Exército que comete atrocidades, mata, estupra e saqueia. É esse que o ignorante COI quer colocar sob bandeira branca, permitindo competir”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em seu Twitter. Em seguida, a Rússia negou as acusações de que suas forças cometeram atrocidades na Ucrânia.
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, qualquer tentativa de tirar Moscou do esporte internacional está “fadada ao fracasso”,
Fonte: Veja