O primeiro mês de 2023 vai terminar sem nenhuma oferta de ações na Bolsa de Valores (B3), seja ela uma oferta primeira (IPO, na sigla em inglês), seja uma oferta subsequente — realizada por empresa que já tem capital aberto.
Desde 2019, essa é a primeira vez que janeiro não tem uma oferta de ações. O cenário atual da economia brasileira é a principal explicação.
Com a estagnação da taxa de juros em 13,75%, fato que se somou à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, diminuiu o apetite dos investidores, que têm migrado para o mercado de renda fixa. Isso, consequentemente, dificultou para as companhias a realização de oferta de ações na bolsa.
O mercado enxergou com ressalvas os primeiros dias do governo Lula, principalmente por conta de propostas que se chocam com o teto de gastos. Com isso, a bolsa sentiu reflexos do aumento da sensação de risco fiscal no país.
O empecilho se dá principalmente no processo de registro de demanda. Atualmente, não há interesse do mercado por renda variável, com isso, o valor da ação acaba não sendo atrativo, e as companhias suspendem o processo de abertura de capital.
Fonte: revistaoeste