O encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorreu nesta semana na Argentina, tende a não ter efeitos positivos para o comércio do Brasil no exterior. Ao menos essa é a visão do ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Benedito Rosa.
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Em comentário enviado com exclusividade para o telejornal ‘Mercado & Companhia’, do Dia de Ajudar, Rosa entende que a ação, liderada pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, passa longe de pensar no fortalecimento dos negócios entre as nações envolvidas. “Assistimos a uma ação político-ideológica”, destacou.
Na visão do ex-secretário do Mapa, investir no fortalecimento de um grande bloco econômico da região vai na contramão do que o mundo globalizado exige. Além disso, ele apontou que, por diversas razões, não tem como o Brasil expandir suas exportações para os demais países da América Latina e do Caribe. “Um movimento incoerente”, disse.
“Os interesses do Brasil, do ponto de vista comercial e econômico, apontam para outras regiões”, afirmou. “A concorrência nossa com os países vizinhos, em especial na parte de alimentos, inviabiliza aumentar os negócios entre nós mesmos”, prosseguiu. “Não faz sentido”, enfatizou.
Celac pode ser prejudicial para o agro, avalia Benedito Rosa
Em específico para agronegócio brasileiro, Benedito Rosa entende que insistir no fortalecimento de um bloco entre nações latinas e caribenhas será prejudicial para o setor. “Só nos traz problemas. Nós não conseguimos exportar para esses países.”
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Fonte: canalrural