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Música

Dia da Bossa Nova: o gênero musical também pulsa em Cuiabá

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Há 65 anos, o Brasil deu vida a um gênero musical que atravessou os oceanos e conquistou o público além de terras tupiniquins, a imortal Bossa Nova. Com influências do jazz estadunidense e do samba brasileiro, o nascimento da Bossa tem como marco inicial a música “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, lançado originalmente por Elizeth Cardoso em 1958.
 
Em homenagem ao ritmo que é a raiz da Música Popular Brasileira, em 2009, foi instituído o Dia Nacional da Bossa Nova, comemorado em 25 de janeiro, em homenagem ao nascimento de Tom Jobim, um dos expoentes da música e autor de “Garota de Ipanema”, canção mais famosa da Bossa e uma das mais regravadas do mundo.
 
Para comemorar o dia, o Entretê conversou com alguns músicos de Cuiabá para saber o que a Bossa representa para cada um deles. Mais que isso, vai uma super dica para curtir o dia especial nesta quarta-feira (25).

Músico há 28 anos, Clau Simpatia é fã do ritmo que, para ele, representa evolução. Segundo ele, a vida do músico é muito ativa e repleta de estudos, porém, chega um momento em que inspirações e paixões atingem um ponto de estagnação.

Acontece que, na sua carreira, o contato com a Bossa Nova mostrou que é possível evoluir não só musicalmente, mas historicamente, haja vista que o ritmo remonta os primórdios da música brasileira.
 
Sempre que toca nas noites cuiabanas, o músico coloca a Bossa no reportório e, embora os apreciadores das músicas sejam pessoas mais velhas e o gênero não tenha tanto alcance no público jovem, para ele, é sempre uma alegria tocar canções eternas. “Tocar a Bossa hoje, em pleno 2023, é gratificante. [É gratificante também] saber que tem um público, neste momento em que a música não tem grandes produções voltadas para a qualidade musical”, reflete.
 
O pianista e professor Igor Mariano divide uma paixão semelhante a de Clau. Estudioso da música há 25 anos, ele começou a tocar piano ainda adolescente, aos 15 anos de idade, mas confessa que,  naquela época, não gostava muito das canções de Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Roberto Menescal. Porém, logo que passou a estudar música de forma profissional, por volta dos 18 anos de idade, a paixão pela Bossa foi arrebatadora.
 
“O que me levou a querer estudar a Bossa foi a riqueza da harmonia e os acordes, a levada. A Bossa não é difícil de se tocar ritmicamente, mas, harmonicamente ela é um pouco mais complexa”, conta Igor Mariano.
 
2024 word3Com melodias suaves que lembram o samba, o ritmo ainda tem o público, mas que, na visão do pianista, vem diminuindo muito, ainda mais quando se fala em uma plateia com menos de 30 anos de idade. Para Igor, ultimamente, o público deixou de ouvir músicas mais trabalhadas para escutar outras “descartáveis” que fazem sucesso uma ou duas semanas e acabam caindo no esquecimento.
 
“Eu ainda tento colocar a Bossa no repertório para os meu alunos, mas não são todos que querem. Os alunos antigos adoram”, conta Igor.
 

 
Para curtir o Dia Nacional da Bossa Nova, nesta quarta-feira (25), o Trigória Restaurante realiza uma noite especial dedicada à “Bossa cada dia mais Nova”. A partir das 20h, o público vai conferir as apresentações da cantora Akane e do músico Claudiney; a apresentação de Benny Costa e Wanderley e os acordes e harmonias de Tony Maia.

O ingresso custa R$ 20 e a show está previsto para as 20h.

Fonte: leiagora

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