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Política

Lula troca número 2 do GSI em meio a desconfianças

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Na segunda-feira 23, o governo trocou o número dois do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança dos palácios do Planalto e da Alvorada, em meio a “desconfianças”, em virtude dos protestos de 8 de janeiro. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, assinada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin.

O general Carlos José Russo Assumpção Penteado estava no cargo de secretário-executivo, desde julho de 2021, e era o número dois do então ministro do GSI, Augusto Heleno. Em seu lugar, entrou o general Ricardo José Nigri.

Conforme a portaria, o general Marcius Cardoso Netto passou a ocupar o cargo de secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, enquanto o general Carlos Feitosa Rodrigues tornou-se chefe da Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal.

Bastidores das mudanças de Lula no GSI

Em mais de uma ocasião, Lula acusou “gente das Forças Armadas” de ter sido conivente com a invasão do Planalto, e afirmou estar convencido de que as portas da sede do Executo foram, literalmente, abertas para os manifestantes.

Na quinta-feira 19, Lula disse aos jornalistas, durante café da manhã no Planalto, que ainda estava esperando a poeira baixar e ter acesso às gravações internas das sedes dos Três Poderes. Segundo o petista, os policiais militares foram “coniventes” com as invasões.

“Eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso”, disse Lula. “Eu estou esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas gravadas na Suprema Corte, no palácio. Teve muita gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente.”

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse também que o GSI será quase 100% renovado, para “ter uma oxigenação”.

“O GSI está sendo mudado”, disse Costa. “Quase 100% dele será renovado, para ter uma oxigenação, para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação. Temos que garantir um padrão de treinamento que permita proteger os três Palácios, símbolos das três instituições do Brasil.”

No sábado 21, , general Júlio César de Arruda. O ministro da Defesa, José Múcio, justificou a troca no comando alegando que houve “fratura de confiança” na relação com o Exército.

Fonte: revistaoeste

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