Reuniões que adentraram a madrugada desta quarta-feira (03) definiram que o senador Carlos Fávaro (PSD) não será o candidato ao governo pela federação da esquerda (PT, PV e PC do B), que apoia o nome do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência. Em entrevista à Rádio Conti, nesta manhã, o parlamentar disse que seu nome foi cotado, mas acabou decidindo por seguir seu trabalho no Congresso Nacional.
“Meu nome foi aventado. Recebi um convite do presidente Lula, mas vivo um momento que quero aperfeiçoar minha relação com o congresso. Tive dezenas de projetos de leis aprovados, duas PECs. Mandamos diversos recursos para o estado e os municípios. Quero ser útil ao mandato que a população me deu”, explicou o senador.
Segundo Fávaro, chega uma hora em que todos precisam tomar uma decisão e, com a comunicação do governador Mauro Mendes (União) de que fecharia com Wellington Fagundes (PL), todas as possibilidades foram esgotadas.
“Cada um busca o seu melhor. Pela nossa posição de estar apoiando o presidente Lula, seria uma incoerência. Perderíamos nosso ideal. Rompemos com o governador, estávamos já conversando com a federação e diante da possibilidade de não termos este elo, do palanque aberto, seguimos caminho diferente”, pontuou Fávaro, que ainda lembrou ter sido um dos responsáveis por iniciar a gestão Mauro Mendes.
Durante a noite de ontem, estava praticamente batido o martelo de que o senador seria candidato, tendo a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), como vice. Porém, as conversas tomaram outro rumo durante a madrugada.
O prazo final para a definição é sexta (5), mas Fávaro acredita que o grupo vá bater o martelo ainda hoje após reunião que deve acontecer após as 15h. Ele revela que na lista de opções estão, além de Márcia Pinheiro (PV) e Mária Lúcia Cavalli Neder (PC do B), o nome da médica Natasha Slhessarenko (PSB) e pré-candidata ao Senado com quem o grupo também tem dialogado.
