Antes do início da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorre nesta terça-feira, 24, na Argentina, o ministro da Secretaria de Comunicação Social brasileiro, Paulo Pimenta, disse que a agenda do Mercosul se enfraqueceu nos últimos anos e que visita do presidente (PT) a Buenos Aires e Montevidéu visa “recuperar a identidade” do bloco.
“Recuperar essa ideia do bloco com identidade, com disposição de diálogo, de ajuda mútua. Não creio que vá adiantar [discutir] temas específicos”, afirmou.
Segundo Pimenta, a palavra que resume a visita de Lula à Argentina é “retomada”
“A agenda do Mercosul enfraqueceu muito nos últimos anos. Mas agora, vemos uma retomada na relação com a Argentina. Retomada na Celac. É importante também que o Uruguai possa participar conosco nesse debate”, explicou, fazendo referência a um acordo bilateral que Montevidéu busca com a China, de forma independente do Mercosul.
“É muito mais um gesto político do que, propriamente, uma conclusão econômica”, acrescentou, dizendo que o Uruguai tem autonomia e soberania para buscar os movimentos que são melhores para o seu país, “mas nós queremos fazer uma discussão, a partir desse novo momento, para que os movimentos não sejam feitos de forma individual, mas pelos blocos, no caso particular pelo Mercosul”.
Lula e sua comitiva viajam para o Uruguai na quarta-feira, 25, onde, segundo disse o ministro da Fazenda, , .
O presidente brasileiro será o primeiro líder a discursar nesta terça-feira na cúpula da Celac, após a abertura do argentino Alberto Fernández e da leitura de um relatório do grupo.
Pimenta disse que a Celac é importante enquanto espaço de aproximação entre os países da América do Sul, da América Latina, do Caribe, repetindo o mote de que “é o único fórum que permite a busca dessa identidade comum”.
“Lula é um grande incentivador do fortalecimento dessas estruturas do Mercosul, da Unasul, da Celac. Ele tem, ideologicamente, uma vontade muito grande desse projeto de fortalecimento do nosso continente”, afirmou o ministro.
Pimenta acrescentou que, apesar de ter “previsão” da reunião bilateral de Lula com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, o encontro não está confirmado.
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Fonte: Veja