Forspoken é o lançamento da Luminous Productions, um novo estúdio feito pela Square Enix e que traz uma aventura em terceira pessoa com ação e aventura, rodeadas por um mundo cheio de magia. E não se engane: ainda que o visual do jogo tenha muitos elementos ocidentais, o jogo é basicamente uma história bem japonesa: você chega em um outro mundo e assume uma missão, tal como em um anime isekai.
Desde o primeiro trailer, dava pra ver que o jogo tinha um visual bem legal. Daí tivemos a demo e já pudemos ver que, além de uma bela trilha sonora, o game também conta com um mundo bem projetado. Entretanto, algo não encaixa muito bem.
Neste jogo, você é apresentado a Frey, que não tem ninguém além de Homer, um gatinho. E quando Frey decide deixar a cidade em que vive, ela acaba encontrando um bracelete falante que a transporta para o mundo de Athia. Lá, Frey e Cuff trabalham para encontrar uma solução para a destruição que toma este mundo.
Sim, Athia é um mundo bem bonito, que dá vontade de explorar e conferir cada detalhe. Entretanto, o problema é que ele é meio vazio e isso dá a sensação de que não há muito o que fazer, apenas conferir a beleza existente lá.
Um ponto positivo do jogo está em seus personagens, dá pra ver que houve bastante trabalho e pensamento em cima deles. Existe um planejamento para transmitir que todos que vivem no jogo possuem uma vida, uma cultura, uma história.
Mas aí, você pergunta: Ok, mas o que não encaixa? Então, o ritmo do jogo é bem lento e isso complica um pouco a experiência do jogador. E isso não atinge apenas o gameplay, mas também a imersão. O jogo mistura cinemáticas e gameplay de uma forma difícil de entender, algo que causa uma confusão para o jogador, atrapalhando a experiência.
Além disso, temos a história, que não é muito longa, mas que embora comece de forma bem básica e normal, ela acaba muito melhor e de forma interessante. O plot traz um desenvolvimento muito satisfatório e bem resolvido.
E, por fim, temos o gameplay. E, seguindo a história, ele também começa muito mais formuláico e vai melhorando com o tempo. Talvez, este seja o real ‘pecado’ do jogo. Afinal, o game poderia ter equilibrado tal sentimento, mexendo um pouco nas primeiras horas da aventura para melhorar a experiência do jogador. Entretanto, isso não acontece e o game acaba pedindo um pouco da paciência do jogador para ver tudo desabrochar.
No fim, Forspoken é um jogo que tem vários elementos bons, mas que não consegue usar tais itens para construir um ótimo resultado. Com um mundo muito bem planejado, ótimas ideias para o personagem, excelente worldbuilding, trilha sonora muito boa, o jogo se perde um pouco em seu ritmo e na imersão do jogador.
Ainda assim, vale dizer que o resultado está longe de ser desastroso. Na verdade, eu acredito que Forspoken tem muito potencial para ter uma DLC ou até ganhar derivados que possam aumentar a lore de Athia. A verdade é que Forspoken é um jogo que pode divertir, mas que precisará da cooperação do jogador para poder mostrar a sua melhor parte.
- Ótima trilha sonora
- Bom Worldbuilding
- Design de personagens excelente
- Falha no ritmo
- Interrompe a imersão
Fonte: terra gameon