Um juiz federal determinou, nesta sexta-feira, 20, que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e um de seus advogados devem pagar quase US$ 1 milhão em indenização para Hillary Clinton, devido a um processo considerado “frívolo” que acusou-a de extorsão e de inventar uma vasta conspiração contra ele.
Donald Middlebrooks, juiz distrital dos Estados Unidos, penalizou Trump e sua advogada principal, Alina Habba, por abusar do sistema legal. Middlebrooks conduziu um processo que promoveu queixas políticas de Trump sobre a investigação, de 2017, a respeito da alegada intervenção da Rússia nas eleições presidenciais americanas, usando argumentos repletos de desinformação e erros.
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“Somos confrontados com um processo que nunca deveria ter sido arquivado, que foi completamente frívolo, tanto factual quanto legalmente, e que foi trazido de má-fé para um propósito impróprio”, escreveu Middlebrooks na decisão.
Além da ex-primeira-dama, o Comitê Nacional Democrata e outros inimigos do ex-presidente também foram processados pelas mesmas acusações, referentes à campanha presidencial de 2016. O processo, apresentado por Trump em março de 2022, alegou que Clinton e o Comitê Nacional Democrata conspiraram com altos funcionários do FBI para fabricar laços entre a campanha de Trump e a Rússia, a fim de prejudicá-lo politicamente.
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“Acho que as alegações aqui eram táticas abusivas de litígio. A queixa foi elaborada para avançar uma narrativa política; não para abordar os danos legais causados por qualquer réu”, afirmou Middlebrooks, acrescentando que o processo parecia fazer parte de um padrão do ex-presidente de uso indevido dos tribunais, de apresentar ações judiciais frívolas para servir a um propósito político.
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O fim do processo marca o mais recente revés legal para Trump, à medida que ele lida com uma série de investigações civis e criminais. O ex-presidente está sendo investigado por reter documentos secretos do governo, enquanto alguns de seus advogados estão sob escrutínio pela conduta nesses casos.
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Fonte: Veja