Vale destacar, que depois da eleição presidencial, a disputa pela cadeira de presidente do Senado é a disputa mais importante. Isto porque, automaticamente ele é também o presidente do Congresso. A presidência do Senado é um cargo estratégico e o comandante dispõe de uma série de prerrogativas, podendo ajudar a blindar o presidente da República, no caso de uma candidatura governista, ou atrapalhá-lo. E é por isso que a oposição, principalmente, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atuam para eleger Marinho, que pode ajudar a destravar pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
E a menos de duas semanas da eleição,
os demais parlamentares de Mato Grosso ainda patinam de um lado para o outro. No entanto, o senador Jayme Campos (União) já avisou que irá aguardar um direcionamento do partido para se posicionar sobre apoio na Casa de Leis. Já a senadora Margareth Buzetti (PSD), que assumiu ainda dia 1º de janeiro a vaga após Carlos Fávaro (PSD) ser nomeado ministro da Agricultura, adota uma postura mais conservadora e prefere não se compremeter. Ela afirma que irá conversar com todos os postulantes à Presidência para depois definir em quem votar.Clique AQUI e vote na enquete sobre a disputa pro Senado
Além de Marinho, senador Eduardo Girão (Podemos) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD) também estão na disputa. O social-democrata pretende se manter no comando da Casa de Leis por mais dois anos e teria o apoio do governo Federal na disputa. Porém, mesmo tendo ido para o PSD com o comprometimento de seguir as orientações do partido e fazer parte da base aliada do presidente Lula, Buzetti ainda não fechou o voto.
O que ocorre é que a congressista tem sido pressiona por sua base eleitoral a votar em Marinho para a presidência do Senado. Ela tem sido cobrada principalmente por empresários do Distrito Industrial, onde Margareth sempre contou com grande influência, já que esteve à frente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiaba (Aedic). Portanto, ela encontra-se em uma sinuca de bico entre seus aliados e sua nova agremiação que deve seguir com Rodrigo Pacheco como candidato à reeleição.
A eleição para a Mesa Diretora está marcada para 1º de fevereiro, logo após a posse dos senadores eleitos no pleito do ano passado. O vencedor ocupará o cargo até fevereiro de 2025.
Fonte: leiagora