O pedido de reajuste será avaliado na próxima semana durante reunião convocada pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec).
Marcrean preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Câmara de Cuiabá para investigar o cumprimento do contrato por parte da concessionária de saneamento. Além disso, integra a comissão da Arsec que avalia os reajustes solicitados pela Águas Cuiabá.
Segundo ele, a CPI não descarta um pedido de intervenção na concessionária no relatório final, que deve ser apresentado no fim de fevereiro. Por isso, adianta que votará contra o reajuste.
A reunião que debaterá o reajuste da tarifa será no dia 26 de janeiro, às 9h, no auditório da ETA Central da Concessionária Águas Cuiabá.
“É importante a presença da sociedade para fortalecermos essa discussão e impedirmos mais um aumento, no momento em que existem muitos questionamentos sobre os trabalhos da concessionária e até um possível pedido de intervenção”, disse o vereador.
Marcrean ainda enfatiza que, em março do ano passado, a tarifa foi reajustada em 11,14%. O aumento ainda impacta outros serviços, como aferição de hidrômetro, conserto de cavalete, emissão de certidões, ligação e religação temporária, substituição de registros, água de caminhão pipa para terceiros, análises de projetos, parecer técnico de projetos de loteamento, entre outros.
“O argumento é sempre que o reajuste segue uma determinação contratual e busca manter o controle econômico e financeiro do contrato, fazendo a recomposição inflacionária do período. Só que temos indícios fortíssimos de que a concessionária não está cumprindo o que está no contrato. Logo, se não cumpre o contrato, não há obrigação de aprovarmos o aumento”, reforça Marcrean.
Ele enfatiza, ainda, que os investimentos no setor de água e esgoto são prioridade e devem ser feitos diante de muita responsabilidade e uma fiscalização eficiente.
“O que temos visto, até o momento, é que a fiscalização, de responsabilidade da Arsec, também tem sido falha. Precisamos discutir esses pontos e cobrar soluções para os inúmeros problemas que existem, antes de assinarmos mais uma autorização para reajuste, para que a população pague mais sem receber um serviço de melhor qualidade”, finalizou.
Fonte: leiagora