Caso a decisão da comunidade escolar seja por transformar em uma escola Tiradentes, a mudança será aplicada ainda no ano letivo de 2023. “Agora em janeiro teremos uma nova audiência para ouvir a comunidade escolar, os responsáveis, e vai ser apresentado o modelo de escola Tiradentes, que é gerida pela Polícia Militar”, disse Alan Porto, no Palácio Paiaguás, nessa segunda-feira (9).
A militarização da escola Adalgisa de Barros foi tema de uma audiência pública, em dezembro de 2022, que acabou cancelada devido a um tumulto. Na ocasião, alunos protestaram contra o processo de escolha para decidir sobre a militarização, enquanto pessoas de fora da unidade que apoiam a transformação iniciaram uma discussão generalizada contra os estudantes.
Escolha pela comunidade escolar
Na audiência pública, foi apresentado o modelo Tiradentes de escola e então a comunidade escolar irá votar se quer ou não a transformação da unidade. Contudo, os estudantes reclamam que somente alunos maiores de 18 têm direito a voto. Nas outras situações, quem decide são os pais ou responsáveis.
“E quem decide ao final são os próprios pais, os responsáveis, a comunidade escolar daquela unidade. Se assim decidirem que aquela escola tem que ser transformada, iremos tomar as providências, e se decidir que não, vamos continuar com a modalidade regular”, explicou o secretário de Educação.
Em dezembro, estudantes e professores da Adalgisa de Barros foram até a Assembleia Legislativa buscar apoio dos parlamentares para frear o processo de militarização. Na ocasião, desrespeitada a lei estadual que trata sobre o tema, eles defenderam que o governo de Mato Grosso não está seguindo o que determina o artigo 5º da Lei Estadual 11.273, que diz que as escolas estaduais devem optar pela militarização da instituição.
Fonte: leiagora