“Nós temos nessa detenção que tem mais de 700 pessoas detidas, muitos mato-grossenses, eu acho importante que a procuradoria da Casa desloque ou destaque um advogado para fazer o acompanhamento dos mato-grossenses lá. Nós estamos recebendo muitas informações, tem reais e tem muita fake news também, mas as imagens que mostram a forma como eles estão dormindo, se alimentando, realmente não condiz com a condição desses brasileiros e mato-grossenses que lá estão”, disse Avallone nesta manhã, em participação remota na sessão.
O deputado tucano defende que as ações danosas praticadas em Brasília sejam investigadas e os responsáveis “exemplarmente punidos”, sejam os autores esquerdistas infiltrados no movimento bolsonarista ou não.
“Nós não podemos aceitar esse tipo de coisa, que aconteceu no Capitólio dos EUA. E lá, as 900 pessoas que entraram dentro do Capitólio todas foram condenadas, todas foram acionadas judicialmente e tiveram que fazer uma acordo com a Justiça americana. E isso serviu de exemplo que esse tipo de manifestação não é possível. Não se pode entrar na Suprema Corte, não se pode entrar no Parlamento, não se pode entrar no Palácio do Governo e afrontar os três poderes”, declarou.
Na sequência, Avallone ponderou que, mesmo assim, não é cabível deixar que pessoas sejam maltratadas e cobrou que a preservação dos direitos humanos seja assegurada.
Logo em seguida, o presidente do Parlamento, deputado Eduardo Botelho (União) garantiu que a Assembleia Legislativa irá ajudar. “Em relação a isso eu vou discutir com o deputado Cattani, já conversei com ele e nós vamos prestar toda a assessoria e assistência que for preciso para o deputado Cattani conduzir essas verificações, até visitar, ir lá, que se ele quiser nós vamos providenciar todas as condições”.
Prisões em Brasília
Na noite dessa terça-feira (10), a Polícia federal informou que 727 pessoas de vários estados brasileiros foram presas após os ataques em Brasília. De acordo com a corporação, até as 19h30, os suspeitos estavam sendo apresentados à Polícia Civil, que vai encaminhá-los ao Instituto Médico Legal (IML) e, posteriormente, ao presídio.
Dos 1,5 mil presos, a PF informou ter liberado 599, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças. Após o fim do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, os bolsonaristas foram levados ao ginásio da Academia Nacional da corporação.
A PF garante que eles estão recebendo alimentação regular, hidratação e atendimento médico, quando necessário.
Fonte: leiagora