O líder republicano Kevin McCarthy foi eleito presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na madrugada deste sábado, 7, na votação mais longa para o cargo desde 1859. A vitória do republicano aconteceu apenas na 15ª rodada, após uma extensa série de concessões feitas à ala de extrema-direita do partido que travava o processo.
Para assegurar o cargo, McCarthy teria que conquistar 218 votos, o que se mostrou um grande desafio. Ao longo das rodadas, os republicanos de extrema-direita alinharam-se atrás de outros candidato, enquanto os democratas se uniram em torno de seu líder, o deputado Hakeem Jeffries, de Nova York. A vitória de McCarthy só aconteceu depois que seis republicanos que se recusavam a endossá-lo se abstiveram da votação, fazendo com que o pleito se encerasse com um placar de 216 a 212 para o republicano.
A vitória magra encerrou a mais longa votação do Congresso em mais de 160 anos, ilustrando as dificuldades que McCarthy deve enfrentar ao liderar uma maioria estreita e polarizada. A votação também marca o fim do domínio democrata de Joe Biden nas duas casas da câmara — os democratas seguem maioria no senado. “Nosso sistema é construído sobre freios e contrapesos. É hora de sermos um freio e fornecermos algum equilíbrio às políticas do presidente”, disse McCarthy em seu discurso de posse.
Entre as concessões feitas à extrema-direita, McCarthy concordou com uma exigência de que qualquer legislador pudesse pedir sua destituição a qualquer momento, apontou a agência Reuters, o que o coloca na corda-bamba desde o início. Ele também se comprometeu a permitir que a facção de direita escolha a dedo um terço dos membros do partido no poderoso Comitê de Regras, que controla qual legislação chega ao plenário e de que forma.
Fonte: Veja