O vereador por Cuiabá Marcos Paccola disse ser uma “insanidade” pensar que o caso envolvendo a morte do policial penal, Alexandre Miyagawa de Barros, morto a tiros por ele, seria pensado para promovê-lo politicamente. O parlamentar pontuou que aquela era uma situação volátil e de desfecho improvável. Ele pontua ainda que sua defesa será feita durante o transcorrer do processo e se disse enlutado pela família do agente.
“A minha cabeça é 99% de polícia e 1% como político. Em momento algum pensei na minha atividade parlamentar para fazer a abordagem. Acho que beira a insanidade a colocação do Ministério Público. Estou presidindo uma CPI em que apontei diversos desvios milionários. Para que eu iria me envolver, me expor, passar por tudo que estou passando, para me promover politicamente”, pontuou Paccola.
Ele ainda acrescenta que quando se reage a uma situação como a em que Japão foi morto, não é possível prever o seu desfecho. “Vejo que é pressão popular, da mídia. O MP está fazendo o papel dele que é da acusação. Respeito, mas estaremos na instrução processual demonstrando a nossa atuação na legítima defesa”.
“Estou entristecido. É um colega, que assim como eu deveria cumprir a lei. O teste de alcoolemia dele, apresentou próximo dos índices de coma alcoólico. Estava embriagado, portando arma de fogo. A própria namorada dizia que ele costumava mostrar a arma quando estava desta maneira. Fico enlutado pela família, mas fiz o meu papel”, finalizou o vereador.
Paccola atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa há pouco mais de um mês, em Cuiabá. Ele foi indiciado por homicídio qualificado e o Ministério Público apresentou denúncia contra ele. Na Câmara, a vereadora Edna Sampaio (PT) apresentou dois pedidos, um de afastamento e um de cassação. Como o de afastamento cautelar foi rejeitado, agora o caso será analisado pela Comissão de Ética da casa.