A estiagem segue sendo uma das principais preocupações dos produtores do Rio Grande do Sul. O boletim desta semana da Emater destaca que os volumes de chuva variaram de 10 a 40 milímetros no estado, mas em algumas regiões não houve nenhuma precipitação. E esse cenário impacta diretamente as culturas de verão.
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No mento, as atenções estão voltadas especialmente para o milho. Em algumas áreas gaúchas a situação se agrava a cada dia. Em vídeo enviado ao Canal Rural RS, o produtor Rodinei Dalla Rosa, de Santo Ângelo, mostra como está a situação em muitas lavouras do norte e noroeste do estado. Folhas secas e espigas mal formadas são mais notadas em lavouras com alta população de plantas. Na região dele, a baixa é de 25%; na média do estado, 10%.
“Desde o pendoamento [do milho] ficou em torno de 25 dias sem chuva” — Rodinei Dalla Rosa
“Essa lavoura de milho já está no fim do seu ciclo com perdas irreversíveis”, lamenta Rodinei na gravação. “Desde o pendoamento ficou em torno de 25 dias sem chuva, na fase que mais precisa de água. Então, esse é o cenário que todos os produtores aqui estão vivendo mais uma vez neste ano”, prosseguiu o agricultor gaúcho.
Rio Grande do Sul: estiagem afeta a produção em Bagé
Na região de Bagé, na fronteira do Brasil com o Uruguai, a redução de produtividade fica acima de 70% e, segundo a Emater-RS, isso já levou a um aumento de acionamentos do seguro rural.
Condições das lavouras de soja
Na soja, as condições de lavoura variam no Rio Grande do Sul. Onde choveu mais, a situação está melhor. Onde choveu menos, o desenvolvimento da oleaginosa é lento. Isso também reflete no percentual de semeadura, que varia de 86% a 97% no estado. O avanço maior se dá justamente onde houve umidade no solo.
A diminuição das temperaturas nesta semana ajudou a minimizar o estresse hídrico gaúcho. Ainda em relação às culturas de verão, a lavoura de arroz tem boas condições. Na região de Alegrete, por exemplo, já aparecem as primeiras panículas.
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Fonte: canalrural