A chegada das festas de fim de ano também marca um período muito aguardado de comidas deliciosas e típicas do mês de dezembro que, em muitas casas, só aparecem uma vez por ano.
Para aproveitar as receitas elaboradas e curtir ao máximo as ceias, é comum que a gente saia da rotina e acabe comendo mais do que o normal. mas afinal, quanto é que o corpo aguenta?
Para entender o que é que acontece no nosso organismo depois de uma comilança exagerada, VivaBem consultou especialistas que explicam como funciona a capacidade do estômago, estratégias saudáveis para antes e depois das refeições e o que comer nas ceias para tentar manter o equilíbrio.
O estômago dilata depois de comer demais?
Com o inchaço causado pelo excesso de comida, pode até parecer que o estômago dilatou depois de uma refeição exagerada, mas não é bem assim.
O órgão é bastante elástico e consegue voltar à sua capacidade de repouso (cerca de um a dois litros) após uma grande refeição.
Mas se comer muito se tornar um hábito, o estômago pode, sim, aumentar de tamanho.
“O limite de volume alimentar dentro do estômago é algo individual e varia conforme a faixa etária e outros aspectos. Portanto, a melhor maneira de observar é treinar a percepção de saciedade e exercitar comer mais devagar e com volumes menores”, explica Jamile Tahim, nutricionista mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).
É possível que o estômago exploda?
De acordo com Cynara Oliveira, nutricionista e supervisora do Departamento de Nutrição do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, é possível que o estômago “exploda” (rompa), mas é extremamente raro.
“O paciente acaba desenvolvendo outras doenças antes desse extremo”, complementa a nutricionista Jamile Tahim.
Em um estudo de caso feito em 2017, médicos em Singapura relataram como um homem de 30 anos foi hospitalizado depois de comer um hambúrguer de 3,2 kg em 30 minutos durante um evento competitivo de alimentação.
Depois de passar mal e vomitar, um primeiro exame mostrou que seu abdome estava “tenso e distendido” e um exame de sangue revelou que seu corpo estava sob estresse.
Depois, o paciente fez uma tomografia computadorizada que revelou uma grande massa de comida entupindo seu estômago e intestino delgado —e pior, esmagando seus órgãos, levando à pancreatite aguda e lesão renal aguda.
Imagem: iStock
Vale comer menos antes de se empanturrar?
Antes de momentos em que a pessoa sabe que irá exagerar, Tahim aponta que o ideal é manter a rotina alimentar equilibrada e saudável para não ir com muita fome aos eventos —comer pouco antes do evento, nesse sentido, pode ser um tiro pela culatra.
“Quando comemos com muita fome, nossa capacidade de escolher opções mais leves e controlar melhor as porções fica prejudicada. Assim, a tendência é comer mais, várias opções e muito rápido, dificultando também a saciedade.”
Fazer um ‘detox’ é indicado depois de comer demais?
O processo de detoxificação no organismo humano é feito naturalmente pelo fígado. “Portanto, não existe uma única estratégia ou alimentos ou produto que seja capaz de desintoxicar o nosso organismo”, diz Tahim.
O termo detox é muito utilizado para o apelo do marketing para dietas restritivas e produtos milagrosos. Jamile Tahim, nutricionista mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).
O conselho da nutricionista Francyne Silva Fernandez é voltar o quanto antes para a alimentação rotineira.
“Adequar o nível de água, retomar a rotina de horários para as refeições, treinos e sono são medidas necessárias para que o corpo volte ao seu estado normal”, diz a especialista que trabalha na UBS Jardim Caiçara, gerenciada pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Dicas para refeições mais equilibradas no Natal e Ano-Novo
Investir nas saladas, aponta Tahim, é uma excelente estratégia para começar as refeições. “Isso porque irá favorecer a sensação de saciedade e o indivíduo consegue escolher os demais acompanhamentos de pratos principais e sobremesa de forma mais consciente.”
Fernandez também sugere acrescentar oleaginosas, que dão saciedade e são tipicamente servidas nessa época do ano, logo no começo da alimentação.
“E em geral, priorizar preparações caseiras, feitas com ingredientes naturais, temperos frescos e não industrializados também é uma boa pedida.”
A chegada das festas de fim de ano também marca um período muito aguardado de comidas deliciosas e típicas do mês de dezembro que, em muitas casas, só aparecem uma vez por ano.
Para aproveitar as receitas elaboradas e curtir ao máximo as ceias, é comum que a gente saia da rotina e acabe comendo mais do que o normal. mas afinal, quanto é que o corpo aguenta?
Para entender o que é que acontece no nosso organismo depois de uma comilança exagerada, VivaBem consultou especialistas que explicam como funciona a capacidade do estômago, estratégias saudáveis para antes e depois das refeições e o que comer nas ceias para tentar manter o equilíbrio.
O estômago dilata depois de comer demais?
Com o inchaço causado pelo excesso de comida, pode até parecer que o estômago dilatou depois de uma refeição exagerada, mas não é bem assim.
O órgão é bastante elástico e consegue voltar à sua capacidade de repouso (cerca de um a dois litros) após uma grande refeição.
Mas se comer muito se tornar um hábito, o estômago pode, sim, aumentar de tamanho.
“O limite de volume alimentar dentro do estômago é algo individual e varia conforme a faixa etária e outros aspectos. Portanto, a melhor maneira de observar é treinar a percepção de saciedade e exercitar comer mais devagar e com volumes menores”, explica Jamile Tahim, nutricionista mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).
É possível que o estômago exploda?
De acordo com Cynara Oliveira, nutricionista e supervisora do Departamento de Nutrição do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, é possível que o estômago “exploda” (rompa), mas é extremamente raro.
“O paciente acaba desenvolvendo outras doenças antes desse extremo”, complementa a nutricionista Jamile Tahim.
Em um estudo de caso feito em 2017, médicos em Singapura relataram como um homem de 30 anos foi hospitalizado depois de comer um hambúrguer de 3,2 kg em 30 minutos durante um evento competitivo de alimentação.
Depois de passar mal e vomitar, um primeiro exame mostrou que seu abdome estava “tenso e distendido” e um exame de sangue revelou que seu corpo estava sob estresse.
Depois, o paciente fez uma tomografia computadorizada que revelou uma grande massa de comida entupindo seu estômago e intestino delgado —e pior, esmagando seus órgãos, levando à pancreatite aguda e lesão renal aguda.
Imagem: iStock
Vale comer menos antes de se empanturrar?
Antes de momentos em que a pessoa sabe que irá exagerar, Tahim aponta que o ideal é manter a rotina alimentar equilibrada e saudável para não ir com muita fome aos eventos —comer pouco antes do evento, nesse sentido, pode ser um tiro pela culatra.
“Quando comemos com muita fome, nossa capacidade de escolher opções mais leves e controlar melhor as porções fica prejudicada. Assim, a tendência é comer mais, várias opções e muito rápido, dificultando também a saciedade.”
Fazer um ‘detox’ é indicado depois de comer demais?
O processo de detoxificação no organismo humano é feito naturalmente pelo fígado. “Portanto, não existe uma única estratégia ou alimentos ou produto que seja capaz de desintoxicar o nosso organismo”, diz Tahim.
O termo detox é muito utilizado para o apelo do marketing para dietas restritivas e produtos milagrosos. Jamile Tahim, nutricionista mestre pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).
O conselho da nutricionista Francyne Silva Fernandez é voltar o quanto antes para a alimentação rotineira.
“Adequar o nível de água, retomar a rotina de horários para as refeições, treinos e sono são medidas necessárias para que o corpo volte ao seu estado normal”, diz a especialista que trabalha na UBS Jardim Caiçara, gerenciada pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Dicas para refeições mais equilibradas no Natal e Ano-Novo
Investir nas saladas, aponta Tahim, é uma excelente estratégia para começar as refeições. “Isso porque irá favorecer a sensação de saciedade e o indivíduo consegue escolher os demais acompanhamentos de pratos principais e sobremesa de forma mais consciente.”
Fernandez também sugere acrescentar oleaginosas, que dão saciedade e são tipicamente servidas nessa época do ano, logo no começo da alimentação.
“E em geral, priorizar preparações caseiras, feitas com ingredientes naturais, temperos frescos e não industrializados também é uma boa pedida.”
