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Esportes

Confiança e eficiência são os segredos de Deschamps para uma possível segunda final

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Vittorio Pozzo conquistou duas Copas do Mundo seguidas à frente da Itália na década de 1930. Didier Deschamps está a dois jogos de repetir o feito com a França. Só não espere ouvi-lo insistir nessa possibilidade.

Quando o assunto surgiu durante uma entrevista à FIFA antes da semifinal contra o Marrocos, nesta quarta-feira, a resposta do técnico francês foi relativamente breve. “É um grande homem que realizou algo grande. Bom para ele”, disse Deschamps. “Se você quiser fazer uma comparação, eu só [cheguei] às semifinais por enquanto. precisamos pensar sobre a semifinal com o Marrocos.”

A réplica é compreensível, mas o técnico de 54 anos evidentemente conta com mais atos do que erros: campeão mundial como jogador em 1998; campeão mundial como treinador em 2018; e agora novamente na briga por um lugar na final no Qatar. Aliás, a França é o primeiro campeão mundial a chegar às semifinais desde o Brasil em 1998.

Perguntado se está fazendo a coisa certa, Deschamps o incentivou para a criação de uma boa dinâmica fora de campo. “Passo bastante tempo com a minha comissão, então eu converso com os meus jogadores coletivamente e individualmente”, explicou ele.

“Para mim, o mais importante é manter todo o mundo dentro dessa dinâmica e passar bastante tempo com os jogadores que não participam. Às vezes conversamos, outras vezes fazemos reuniões. Também temos conversas durante o dia. Eu não tenho um escritório onde posso recebê-los um a um, então temos uma relação alicerçada na confiança, que é importante existir entre os jogadores e eu.”

Os jogadores de Deschamps concordaram. “Falando de maneira geral, eu acho que ele é um treinador que faz de tudo para que os jogadores se sintam à vontade”, afirmou o zagueiro Jules Koundé.

“Quanto à sua abordagem, ele é claro quanto ao que espera de cada jogador. Isso permite que os jogadores se sintam integrados, seja jogando muito ou pouco. Temos especialmente uma ideia clara do que o treinador espera de nós, então eu acho que esse é um dos seus pontos fortes.”

O zagueiro Raphael Varane também elogiou o técnico francês. “Para mim, a maior qualidade do Didier como técnico é a capacidade de formar um grupo, de usar as qualidades de todos em prol de uma meta coletiva, além de colocar o tempo acima de tudo e usar as suas qualidades rumo à meta coletiva” , analisou Varane.

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O que Deschamps busca acima de tudo, ao que parece, é eficiência. Esta certamente é uma maneira de retomar a suada vitória nas quartas de final contra uma Inglaterra que esteve melhor durante a boa parte do segundo tempo, antes do gol da vitória marcada por aos 12 minutos do fim do tempo regulamentar.

“Sempre há momentos importantes e decisivos”, disse ele. “Obviamente quando o time marca gol, mas há outros momentos quando o time enfrenta dificuldades, e você deve ser eficiente. O futebol é uma questão de eficiência. Quando chegamos à zona ofensiva e também à zona defensiva, uma grande equipe deve ser capaz de atacar corretamente e de defender corretamente.”

O adversário da França na semifinal é o Marrocos, que ostenta a melhor defesa do torneio com apenas um gol sofrido – e ainda assim, um gol contra.

“Os marroquinos têm um tempo que defendem muito bem, mas não são só defensivos, do contrário não conseguiram chegar às semifinais”, disse Deschamps.

“Eles também têm algumas armas ofensivas, mas com uma base defensiva, que é bem organizada e bastante racional. Com isso eles têm habilidade, porque os jogadores de ataque como (Youssef) En-Nesyri, [Hakim] Ziyech ou [Sofiane] Boufal podem criar problemas para os adversários. Eles dominam a sua arte, assim como qualquer outra grande equipe que está nas semifinais. 

“O Marrocos certamente é o melhor time em termos de defesa, embora, conforme eu disse, os marroquinos estão aqui porque também conseguem fazer gols.”

Em suma, um grande obstáculo aguarda os franceses no Estádio Al Bayt – e as comparações com Vittorio Pozzo também podem esperar mais um pouco.

Fonte: Agência Esporte

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O comandante de Marrocos nasceu no país europeu e tem ligação próxima com o futebol local. Mas deixará tudo isso de lado nesta quarta-feira
fifa
  • O técnico de Marrocos nasceu na França e jogou por cinco clubes diferentes no país

  • Ele diz que será um jogo “especial para as pessoas mais próximas e sua família”

  • Também fala ainda sobre a sua propriedade pelo ex-colega de Grenoble, Olivier Giroud

A presença inédita do Marrocos na semifinal da Copa do Mundo FIFA resultou em uma enxurrada de emoções. Walid Regragui, o homem que levou os representantes africanos ao confronto desta quarta-feira, diante da França, sabe isso melhor do que ninguém. Para começar, ninguém sentiu isso tanto quanto ele na própria pele.

É o que ilustra uma resposta do treinador após a vitória das quartas de final sobre Portugal. “Acho que foi a primeira vez que chorei por um jogo de futebol, não durou muito, mas a emoção foi tão forte que não consegui me controlar”, declarou.

Outra noite de fortes emoções aguarda o técnico de 47 anos no Estádio Al Bayt, nesta quarta-feira (14.12). Afinal de contas, a França é seu “segundo país”, como ele mesmo declarou. Ele é nascido em Corbeil-Essones, bairro da região sul de Paris, Iniciou uma carreira no Racing Paris e passou a maior parte de sua trajetória esportiva em solo francês, passando por , Ajaccio, Dijon e Grenoble, onde cruzou com o ainda jovem Olivier Giroud.

Nesta entrevista, o técnico de 47 anos conversa sobre o sentimento de enfrentar a França, sua confiança por Giroud e o papel que as mães de seus jogadores tiveram na campanha marroquina na Copa do Mundo.

FIFA: Qual a sensação de enfrentar os atuais campeões mundiais?

Walid Regragui : É um grande desafio para nós. Já enfrentamos o atual vice-campeão (a Croácia) e os terceiros colocados (a Bélgica), então praticamente todas as melhores do mundo. Este agora talvez seja o nosso maior desafio. Nós os respeitamos e vamos dar o nosso melhor, assim como temos feito desde o início da competição, para criar uma surpresa porque, obviamente, se conseguirmos este feito, será uma surpresa.

Você cresceu na França e jogou por muito tempo no futebol francês. Quão especial é esta partida para você?

É mais especial por causa das pessoas que amo, minha família e meus pais. Tem sabor especial para mim também, já que sou francês também e cresci na França. Contudo, tentei escapar deste debate e pensar só no futebol. Sou o técnico do meu país para enfrentar o meu segundo país, digamos assim, e o objetivo é vencer a França. É um jogo de futebol e não passa disso, e isso de nenhuma forma tira meu pela França.

Você fez história com o Marrocos como jogador ao chegar à final da Copa Africana de Nações em 2004. Agora você está a um passo da final da Copa do Mundo. Qual a sensação?

É incrível, porque quando você joga futebol enquanto criança você ama este esporte. E todos nós somos ambiciosos em algum grau, você tem o desejo de entrar para a história e escrever um capítulo da história do futebol do seu país. Mas admito que é indescritível ter feito parte da última final (do Marrocos) na Copa Africana de Nações como jogador – isso foi há quase 20 anos atrás – e levar meu país às semifinais da Copa do Mundo, vivenciando essas emoções com este povo e com estes torcedores.

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Pode falar do seu ex-companheiro no Grenoble, o Olivier Giroud?

O Olivier é um jogador resiliente. Foi complicado para ele já desde o começo, mesmo no Grenoble, mas ele nunca desistiu. Eu tenho acompanhado ele de longe e, nesse meio tempo, talvez tenha falado com ele uma vez pelo telefone para dar parabéns. O que ele realizou é incrível e ele merece. Considerando o curto período que jogamos juntos, posso dizer que ele é um cara ótimo, de valores. Quando você tem valores, além de um ótimo coração, como o Giroud, e quando você trabalha duro… fico muito feliz com o que ele tem realizado.

Você pode falar sobre a importância que a presença das famílias dos jogadores tem tido para vocês?

Eu acho que animou os jogadores. Veja, como somos no norte da África, somos muito próximos das nossas famílias, principalmente nossas mães. Isso é uma coisa que só nós entendemos. Ficar longe das nossas mães é sempre difícil. A relação amorosa que temos com elas é forte, então achei que seria muito importante em uma competição como a Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, que elas também vivenciassem isso com os filhos.

Elas não estão o tempo todo com a gente no hotel, obviamente, mas sabemos que elas não estão longe. Mantemos contato e nos encontramos nos dias de jogo. Conforme acordamos, cada vez que eles ganham podem passar três ou quatro horas com as mães para poder comemorar com elas. Acho que isso dá energia para eles.

Falando das comemorações, qual a sensação de ser jogado no ar pelos seus comandados ao final da partida?

Nós simplesmente ficamos felizes. Você entra em transe nestas horas. Compartilhamos coisas e ficamos felizes de estarmos juntos. O fato de eles terem me levantado não foi importante para mim. A coisa mais importante para mim foi ver que eles estavam felizes, que podiam ficar perto das famílias na arquibancada e que comemoramos juntos. Isso mostrou o espírito de equipe.

Por fim, você tem uma mensagem para os torcedores do Marrocos?

Sabemos que eles vão nos apoiar amanhã. Sejam aqueles que vieram a Doha, sejam aqueles que assistirão no Marrocos. Vamos dar o nosso melhor, como sempre. Vamos ter fé em obter um bom resultado, e eles também terão. Pelo que eles fizeram desde o início da competição, apoiando a equipe toda, agradeço demais. Ainda não acabou, se Deus quiser. O próximo passo será amanhã.

Fonte: Agência Esporte

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Lionel Messi estabeleceu na terça-feira (13.12), mais um recorde em sua trajetória em Copas do Mundo. Ao entrar em campo contra a Croácia, na semifinal, se tornou o jogador com maior número de jogos na história da competição, com 25 partidas, igualando a marca do alemão Lothar Matthäus.

Ainda no Catar, caso participe do jogo final de sua seleção no torneio, o argentino vai superar Matthäus e se isolar na dianteira desta relação.

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Também nesta terça, Messi superou o mexicano Rafa Márquez em outra lista, agora como o capitão que mais jogou por uma seleção em Copas, com 19 partidas.

De quebra, em outra fachada estabelecida no Qatar, Messi é um dos seis únicos seis atletas que jogaram em cinco edições da Copa do Mundo FIFA, ao lado de Antonio Carbajal (México), Lothar Matthäus (Alemanha), Rafa Márquez (México), Andrés Guardado (México) e Cristiano Ronaldo (Portugal).

outras marcas

O italiano Paolo Maldini é o atleta que mais jogou minutos da Copa do Mundo, são 2.217. Messi, por sua vez, esteve presente em 2.204 minutos e tem tudo para bater o recorde na decisão de domingo.

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Messi é o único jogador a fazer assistências para gols em cinco Copas do Mundo. Os que mais se aproximam desse número são Pelé, Grzegorz Lato, Diego Maradona e David Beckham, que contabilizaram assistências em três edições do Mundial.

Pelé é quem detém o recorde do maior número de atendimentos na fase de mata-mata, com seis. Messi tem cinco.

Nesta terça-feira, Messi também deixou Gabriel Batistuta para trás entre os artilheiros da Argentina em Mundiais, com 11 gols, contra 10 do antigo centroavante. Eles são seguidos por Diego Maradona e Guillermo Stabile, ambos com oito; Mario Kempes, com seis; e Gonzalo Higuaín, com cinco.

Messi é também o único jogador que marcou na Copa do Mundo antes dos vinte anos de idade, durante os vinte anos de idade e na década seguinte, durante os trinta. Pelé perdeu a oportunidade de ter a mesma marca por causa de apenas quatro meses (foi campeão em 1970 com 29 anos).

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O prêmio de Homem do Jogo, que começou a ser conquistado na Copa de 2002, já foi dado a Messi dez vezes, mais do que a qualquer jogador. Na Copa de 2014 no Brasil e agora no Qatar, ele recebeu o prêmio quatro vezes, recorde para só uma competição que é dividida com o holandês Wesley Sneijder, que também foi escolhido o melhor do jogo quatro vezes na Copa na África do Sul, em 2010.

Miroslav Klose esteve em campo com 17 vitórias pela Copa do Mundo. O número de Messi é atualmente de 16 vitórias.

Fonte: Agência Esporte

Fonte: odocumento

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