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Tecnologia

The Devil in Me é ótimo game para fãs de ‘true crime’

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A antologia The Dark Pictures é uma coleção de jogos ao estilo adventure, aqueles em que o jogador explora cenários e interagem com vários personagens, em busca de pistas para solucionar um mistério. Neste caso, investigar o que está acontecendo em um grande hotel aparentemente assombrado, construído como uma réplica do casarão de H. H. Holmes, o primeiro assassino em série dos Estados Unidos.

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Depois de explorar temas mais sobrenaturais, como navios fantasma e demônios ancestrais em pirâmides do Oriente Médio, é legal ver a produtora Supermassive Games levar sua fórmula para um território realmente assustador – uma coisa é lidar com monstros do além, outra, com a maldade no coração do ser humano. O primeiro fica mais fraco depois que o monstro é revelado. O segundo, só fica mais assustador.

Hotel do terror

Em The Devil in Me, o jogador controla um grupo de cinco personagens, membros da Lonnit Entertainment, uma produtora de filmes, especializada em documentários de terror, como esses que passam no Discovery ou History Channel. Com a companhia precisando urgentemente emplacar um sucesso, o convite para conhecer em primeira mão a réplica do ‘Castelo do Mal’ de Holmes é irrecusável.

Não bastasse ser uma casa enorme, vazia e meio mal cuidada no meio de uma ilha isolada, o lugar também é um museu temático do assassino serial, com itens pessoais de Holmes e animatrônicos temáticos do criminoso e suas vítimas. Eu não sei vocês, mas eu morro de medo de animatrônicos, aqueles bonecos que parecem manequins mecânicos.

Para piorar, assim como o hotel de Holmes, sua réplica é cheia de cômodos ocultos e passagens secretas. O assassino usava essas câmaras para capturar e torturar suas vítimas – sim, os crimes de Holmes também inspiraram os filmes da franquia ‘Jogos Mortais’.

Não demora para o grupo se ver preso na casa e coisas estranhas começarem a acontecer. Ao que parece, há um assassino no hotel também, e as vidas do grupo dependem das ações e escolhas do jogador. Há vários finais possíveis, sendo o melhor, todos escaparem vivos e o pior, bem, ninguém sobreviver. Mas não são poucas as possibilidades entre um ponto e outro do espectro.

O relacionamento entre os personagens é o melhor aspecto da história, uma evolução e tanto em comparação aos jogos anteriores. Mark e Kate são ex-namroados, Kate e Jamie não se bicam por algum motivo misterioso, Erin é tímida, preocupada e só Jamie presta atenção nela, por motivos errados. Charlie, o diretor e fundador da companhia, é tão problemático que dificilmente você vai querer que ele escape vivo do hotel.

Há uma boa dose de exploração em áreas abertas e isso é uma pena, pois por mais bem feitos que sejam os modelos de personagens de The Devil in Me, a Supermassive não sabe ainda fazer personagens que se movimentem naturalmente. É o mesmo problema visto em The Quarry, outro jogo do estúdio lançado neste ano. Há também uma boa quantidade de ‘jump scares’, deve ser o jogo com mais sustos na série Dark Pictures. Com certeza, é algo que os fãs de terror vão curtir.

Ao contrário dos populares survival horror, como Resident Evil ou o recente The Callisto Protocol, The Devil in Me é um adventure e os personagens só carregam o que precisam. É mais uma questão de saber o que usar na hora certa do que possuir ou não algum equipamento.

Cada personagem tem uma habilidade própria, baseada nos itens que carrega. Um pode abrir portas com um cartão, outro pode pegar objetos inalcançáveis com um pau de selfie e assim por diante. Eles também tem relações complexas dentro do grupo e aos poucos o jogador vai descobrindo o que está realmente rolando – o legal é que suas escolhas afetam essas histórias paralelas, que por sua vez, afetam os resultados da história principal.

Há também muitas rotas possíveis na aventura, que se desdobram das combinações das escolhas do jogador e de segredos descobertos ao explorar o hotel maligno. The Devil in Me é um game relativamente curto, dá para ver um final em cerca de 6 horas, mas não faltam motivos para jogar novamente.

Considerações

The Devil in Me é o último jogo da primeira temporada de The Dark Pictures Anthology. O game mostra uma evolução consistente em relação aos três anteriores, com um capricho notável na captura de expressões faciais e no relacionamento entre os protagonistas.

A ambientação, cheia de curiosidades mórbidas sobre o primeiro assassino serial norte-americano, é um prato cheio para os fãs de podcasts e séries de ‘true crime’, tão na moda ultimamente.

The Devil in Me está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Bandai Namco.

Fonte: terra.com.br/gameon

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