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Tecnologia

Dragon Quest Treasures é divertida caça ao tesouro no Switch

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É indiscutível a importância de Dragon Quest dentro da indústria. Além de ser responsável por praticamente definir o gênero JRPG no final dos anos 1980, quando sua primeira entrada foi publicada pela Enix, a franquia é consistente em presentear seus fãs não somente com excelentes jogos em sua série principal, mas também com divertidos spin-offs. Dragon Quest Treasures é o mais recente deles e cria uma experiência acessível e repleta de elementos que fizeram sucesso ao longo dos últimos mais de 35 anos.

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Dragon Quest Treasures conta a história dos ainda jovens irmãos Erik e Mia, personagens que foram introduzidos em Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age e se alternam entre as missões, embora tenham jogabilidades praticamente idênticas. A dupla não se contenta com sua vida a bordo de uma embarcação viking, que parece viver em festa, e decide fugir em busca de seus próprios tesouros, libertando duas criaturas mágicas pelo caminho e sendo transportada para a misteriosa região de Draconia.

É nessa terra formada pelos corpos de dragões lendários que a caça ao tesouro ganha forma. Com um enredo leve e divertido, Dragon Quest Treasures não se preocupa em contar uma história épica cheia de reviravoltas e, embora sempre existam inimigos pairando ao redor da narrativa, como duas gangues rivais que caçam os protagonistas incansavelmente em busca de um objetivo em comum, abandona qualquer senso de urgência para ser uma experiência mais casual. 

A primeira hora de Treasures já deixa claro o foco do jogo: exploração. Ao tornar os combates secundários e abandonar a mecânica por turnos clássica da franquia, adotando um ritmo mais dinâmico – e muitas vezes confuso e restritivo  -, que não coloca o jogador em longas batalhas, fica evidente que desbravar o vasto mundo aberto, recrutar monstros e completar as missões são os mais importantes e divertidos dos desafios.

E Treasures funciona muito bem dessa forma. Os monstrinhos que se juntam ao elenco não ajudam apenas nas batalhas, mas também são essenciais para alcançar os mais diversos tesouros graças às suas habilidades. Além disso, eles também têm seus tesouros favoritos, sendo cruciais para que o jogador descubra onde estão escondidos os objetos de mais alto valor e qualidade. 

É possível recrutar vários deles ao longo da jornada, e cada um cobra uma taxa específica ou o cumprimento de determinados requisitos. Também é possível ver o carinho dos desenvolvedores na criação de cada um ao perceber que eles têm reações diferentes ao encontrar seus tesouros prediletos e enxergam o mundo ao seu redor de uma maneira muito única. 

A exploração livre por cada um dos cinco enormes e variados ambientes mesclada com o crescimento progressivo do cofre dos irmãos, sediado em uma estação ferroviária inicialmente em ruínas e que se torna, pouco a pouco, um verdadeiro quartel-general, gera um loop agradável entre as missões, mas também é uma armadilha para o ritmo da narrativa. Não é raro deixar ela de lado e se esquecer das lendárias Dragonstones, peças-chave na história, ou pouco se importar com o desfecho dos acontecimentos enquanto lida com a parte mais divertida: caçar tesouros, recrutar e evoluir seus aliados, se tornar reconhecido e ver sua base crescer.

Tirar o foco do combate e da narrativa e dá-lo à exploração é uma maneira descontraída de apresentar a franquia para novos jogadores, mas pode também ser decepcionante para os veteranos que esperam longas horas de aventura e uma trama intrincada. Ainda assim, Treasures é um spin-off sem muitas responsabilidades que consegue manter o mais exigente dos jogadores apegado à sua aventura.

Considerações

Dragon Quest Treasures é, em sua essência, divertido. Protagonistas ou não, os personagens são encantadores e carismáticos, e tornam toda a experiência mais convidativa e alegre. Ainda, os monstrinhos têm os designs clássicos que os fãs de Dragon Quest tanto amam, e fazem a jornada valer a pena. 

Os gráficos não são os mais bonitos que a série já viu, mas trazem de volta todo o estilo criado por Akira Toriyama, o mesmo de Dragon Ball, enquanto a trilha sonora é marcante como sempre foi. Infelizmente, o jogo não está dublado ou legendado em português brasileiro, o que pode ser uma barreira para alguns jogadores.

Dragon Quest Treasures está disponível exclusivamente para Nintendo Switch.

Esta análise foi feita em um Nintendo Switch com uma cópia cedida pela Square Enix.

Fonte: terra.com.br/gameon

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