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Ucrânia ataca ponte estratégica em Melitopol e corta acesso da Rússia

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As forças da Ucrânia danificaram uma ponte estratégica nos arredores da cidade de Melitopol, que fica no sul do país, na madrugada desta terça-feira, 13. O objetivo era importante para Kiev, já que corta as linhas de abastecimento dos soldados russos que ocupam a cidade, bem como as linhas que fluem para o resto do sul da Ucrânia.

A travessia do rio Molochna está situada entre Melitopol e a vila de Kostyantynivka, a leste da cidade, na rodovia M14, e foi atingida durante a madrugada. Vídeos postados em redes sociais mostram que dois suportes da ponte foram danificados durante o ataque, icando parcialmente desmoronada pela explosão. Dessa forma, a estrutura torna-se inutilizável para tráfego militar pesado.

O ataque ocorre dois dias depois que a Ucrânia atingiu o quartel-general do grupo mercenário russo Wagner, situado em um hotel na cidade, com foguetes de alta precisão Himars.

O aumento da pressão sobre as forças do Kremlin em Melitopol se assemelha às táticas usadas contra Kherson antes de sua libertação, em setembro, priorizando alvos como linhas de abastecimento. A ponte, além de abastecer a própria Melitopol, fazia conexões logísticas para a península da Crimeia e para o leste do país, através do cidades ocupadas pela Rússia, até chegar em Mariupol.

As forças ucranianas, devido à libertação de Kherson, controlam a leste do rio Dnipro. Por isso, Melitopol é vista como objetivo-chave para Kiev retomar a presença no sul do país.

Segundo avaliações independentes, houve pouco progresso dos russos nas semanas de intensos combates, porque a Ucrânia reforçou suas posições no front antes da chegada do inverno.

Os combates mais recentes ocorreram enquanto dezenas de países e organizações internacionais renovaram apoio, também nesta terça-feira, para garantir que a Ucrânia tenha eletricidade, alimentos e aquecimento em meio a ataques sucessivos da Rússia à infraestrutura energética do país.

Espera-se que uma conferência internacional de doadores em Paris arrecade dezenas de milhões de dólares em auxílio. O presidente francês, Emmanuel Macron, em um discurso de abertura da conferência, descreveu os bombardeios de Moscou contra alvos civis como um crime de guerra. Ele disse que o Kremlin estava atacando a infraestrutura civil porque suas tropas sofreram reveses nos campos de batalha.

A intenção de Moscou é “mergulhar o povo ucraniano no desespero”, disse Macron.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, que falou por link de vídeo, disse que 12 milhões de ucranianos estão sofrendo com falta de energia. Ele disse que o país precisa de geradores de eletricidade com a mesma urgência de veículos blindados e coletes blindados para seus soldados.

Fonte: Veja

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