Cultivar plantas na água pode parecer impossível à primeira vista, mas a verdade é que esse método não só existe como pode ser mais simples do que manter vasos com terra. Inclusive, algumas espécies são aquáticas por natureza, enquanto outras, tradicionalmente cultivadas no solo, também conseguem se desenvolver nesse ambiente.
Além de práticas, dão um charme especial à decoração, trazendo uma sensação de frescor e leveza para qualquer espaço. O segredo está em escolher as espécies certas e seguir cuidados básicos de iluminação, limpeza e manutenção. Quer transformar seu lar com esse estilo? Confira, em seguida, 8 espécies de plantas para cultivar na água e aprenda a cuidar de cada uma delas!
Qual planta vive em água?
As plantas aquáticas, ou hidrófitas, são aquelas adaptadas a viver na água. Assim, algumas passam a vida inteira submersas, enquanto outras apenas flutuam ou mantêm parte da estrutura na água. Elas são encontradas em rios, lagos, pântanos e também podem ser cultivadas em aquários, fontes e vasos. Veja opções para a sua casa!
Lírio d’água
Também conhecido como ninfeia, é uma das espécies mais simbólicas quando se fala em plantas na água. Com folhas arredondadas que flutuam na superfície e flores vibrantes em tons de branco, rosa, amarelo ou lilás, transforma qualquer recipiente em um cenário contemplativo.
Para cultivar o lírio-d’água em casa, é importante escolher vasos ou lagos artificiais com profundidade entre 20 e 40 centímetros. Ademais, o local deve receber pelo menos quatro horas diárias de luz direta. Além disso, a água precisa estar sempre limpa e parada, exigindo reposições periódicas ou trocas parciais.
É recomendado retirar folhas e flores secas para estimular novas florações e usar adubos próprios para plantas aquáticas, diluídos na água e aplicados sem contato com a folhagem.
Além de seu efeito ornamental, o lírio-d’água carrega um simbolismo de pureza, renovação e serenidade, o que o torna uma excelente escolha para quem deseja compor ambientes relaxantes.
Aguapé
Assim como o lírio-d’água, o aguapé é uma das plantas na água que mais chamam a atenção pela beleza e resistência. Conhecido por suas flores delicadas e raízes longas, ele também desempenha um papel fundamental na purificação da água, ajudando a filtrar impurezas e a manter o equilíbrio natural do ambiente.
Seu cultivo é simples: prefere sol pleno, mas também se adapta a locais de meia-sombra. Em recipientes ou lagos com pouca disponibilidade de nutrientes, é possível reforçar o desenvolvimento da planta com um pouco de fertilizante líquido bem diluído.
Suas folhas precisam permanecer fora da água para realizar a fotossíntese corretamente, e por isso o monitoramento é essencial.
Um detalhe importante é que o aguapé cresce rápido e pode se espalhar em excesso, especialmente em espaços pequenos. Nesse caso, a remoção manual é necessária para evitar que a planta comprometa a oxigenação da água ou atrapalhe o crescimento de outras espécies.
Flor de lótus
Entre as plantas na água mais admiradas do mundo, a flor de lótus ocupa um lugar especial. No budismo, é símbolo de pureza e renovação, já que surge limpa e imponente mesmo em águas turvas.
Essa simbologia se reflete também na sua presença ornamental: grandes folhas arredondadas, que podem chegar a 60 cm de diâmetro, flutuam na superfície ou se erguem sobre longos pecíolos, enquanto flores de até 35 cm desabrocham em tons que variam do branco ao rosa.
Para plantar, recomenda-se iniciar com sementes colocadas em água morna, trocando o líquido diariamente até que germinem. Em poucos dias, as mudas começam a se desenvolver e, quando atingem cerca de 15 cm, podem ser transferidas para vasos sem furos, com cerca de 30 cm de profundidade e preenchidos com solo argiloso rico em matéria orgânica.
A água deve cobrir o recipiente de modo que as folhas consigam flutuar livremente. Outro ponto essencial é a luminosidade: a flor-de-lótus precisa de pelo menos seis horas diárias de sol direto, o que faz dela uma espécie que se adapta bem ao clima tropical brasileiro.
Quais plantas dão para cultivar na água?
Embora muitas pessoas associem o cultivo de plantas apenas ao solo, a verdade é que algumas espécies se adaptam perfeitamente ao ambiente aquático. Essas plantas na água são ideais para quem busca praticidade, elegância e um toque de frescor dentro de casa.
Além disso, elas exigem cuidados simples e podem transformar qualquer espaço em um ambiente mais acolhedor. Em seguida, separamos algumas das melhores espécies para você cultivar na água!
Jiboia
A jiboia é uma das plantas na água mais fáceis de cultivar, já que se adapta bem tanto no solo quanto em recipientes aquáticos. Para iniciar o plantio, basta colocar um ramo saudável em um recipiente com água, cuidando para que apenas as raízes fiquem submersas.
Em poucas semanas, novas raízes começam a se desenvolver, tornando a planta ainda mais resistente. O segredo do cultivo está na manutenção da água: é importante trocá-la a cada dois ou três dias para garantir oxigenação e evitar o apodrecimento das folhas.
Se notar folhas amareladas, remova-as imediatamente e intensifique a frequência das trocas. Como a jiboia não tem acesso a muitos nutrientes nesse tipo de cultivo, recomenda-se aplicar um fertilizante diluído nas folhas semanalmente ou adicionar adubo líquido diretamente na água a cada 15 dias.
Bambu da sorte
Outra espécie que se tornou símbolo de elegância e boas energias é o bambu da sorte. No Feng Shui, associa-se à prosperidade, mas além do significado cultural, essa é também uma das plantas na água mais charmosas para decorar ambientes internos.
Para cultivar, escolha mudas com pelo menos 15 cm de comprimento e com folhagem verde saudável. O ideal é colocá-las em um vaso de vidro transparente, preenchido com água filtrada até cobrir a base dos caules. Esse detalhe é fundamental, pois a ausência de cloro e outros químicos preserva a saúde da planta.
O recipiente deve ser mantido em local iluminado, mas sem contato direto com o sol, para evitar queimaduras nas folhas. A troca da água a cada duas semanas e a adição de adubo líquido mensalmente ajudam a manter o bambu forte e vibrante.
Espada de são jorge
Excelente escolha para quem busca resistência e praticidade, a espada de são jorge é uma ótima planta para cultivar na água. Para fazer a transição, corte uma folha saudável a cerca de 10 cm da base, deixando-a secar por um ou dois dias até formar um calo.
Esse processo é essencial para evitar que a parte cortada apodreça ao ser colocada no recipiente com água. Assim como outras plantas na água, se desenvolve melhor em filtrada ou destilada, sem a presença de cloro. O vaso deve ser mantido em um local de luz indireta, já que a exposição direta ao sol pode prejudicar as folhas.
A troca da água a cada duas semanas é fundamental, além de garantir que o nível cubra apenas a base da planta, sem submergir totalmente. Essa é uma espécie muito resistente, que pode durar anos no cultivo aquático quando bem cuidada. Além disso, carrega um simbolismo de proteção, tornando-se uma das favoritas para ambientes internos.
Zamioculca
Conhecida como “planta da fortuna” no Feng Shui, a zamioculca é uma planta que transmite prosperidade e equilíbrio aos ambientes, ao mesmo tempo em que pode ser cultivada facilmente na água.
Para isso, escolha galhos saudáveis da planta, corte-os próximo à base e coloque-os em um recipiente transparente, permitindo observar o crescimento das raízes. Complete com água suficiente para cobrir os galhos e faça trocas a cada 15 dias para manter a saúde da planta.
Essa espécie se adapta bem a locais com pouca luz ou iluminação indireta e não exige adubações frequentes, embora seja importante observar sinais de amarelamento nas folhas, que indicam excesso ou falta de nutrientes. Vale destacar que a zamioculca é tóxica se ingerida, portanto, deve ser mantida longe do alcance de crianças e pets.
Aglaonema
A aglaonema é uma das plantas que podem ser cultivadas na água e, além de trazer beleza para os ambientes internos, também é conhecida no Feng Shui por simbolizar prosperidade, proteção e novos começos.
De porte pequeno, podendo variar de 20 centímetros até 1 metro, ela se adapta muito bem em espaços de meia-sombra ou sombra, o que a torna ideal para quem deseja manter um cantinho verde dentro de casa. Seu cultivo na água é simples: basta posicionar a planta em um vaso de vidro, o que garante um efeito decorativo sofisticado.
O segredo está em escolher um local sem exposição direta ao sol, já que suas folhas são sensíveis e podem ficar queimadas. Outro ponto importante no cuidado com essa espécie é a poda. Quanto mais você podar, mais a aglaonema tende a crescer, formando uma planta cheia e vistosa.
Como cultivar plantas na água sem risco de dengue?
Mesmo que você escolha as espécies mais resistentes, todas as plantas na água exigem atenção para evitar problemas como acúmulo de resíduos, proliferação de larvas de mosquito e desenvolvimento de fungos.
Para manter o cultivo seguro e saudável, é fundamental trocar a água regularmente. O ideal é realizar a troca a cada dois ou três dias, garantindo que as raízes permaneçam limpas e oxigenadas.
Além disso, é possível adicionar pequenas quantidades de água sanitária diluída, como uma colher de chá para cada 100 ml de água, para eliminar micro-organismos nocivos sem prejudicar a planta.
Essa medida, aliada à limpeza constante dos vasos, previne a formação de larvas e mantém o ambiente livre de mosquitos, como o da dengue, que precisam de água parada para se reproduzir.
Conclusão
Enfim, agora você já conhece plantas que podem ser cultivadas na água! Então, escolha as espécies que mais combinam com suas habilidades de jardinagem e seu lar para decorar! Ademais, que tal conferir 10 plantas que gostam de sol para a fachada de sua casa? Isso e muito mais você acompanha em nossa categoria sobre decoração!
Fonte: fashionbubbles
