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Carros & Motos

4 Carros de Luxo com Alto Índice de Desvalorização: Saiba como evitar prejuízos na oficina

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“Resto de Rico”: 4 Carros de Luxo desvalorizados que podem virar um pesadelo na oficina

Descubra os problemas crônicos e o alto custo de manutenção desses carros “resto de rico” que você deve passar longe.

Comprar um carro de luxo ou importado por um preço de “popular” parece um negócio imperdível. É o que se chama de “resto de rico”: veículos que já custaram uma fortuna, mas que, com o passar dos anos e alta desvalorização, caem no preço de carros mais acessíveis. O problema? A manutenção e as peças de reposição continuam com preços de luxo.

4 Carros de Luxo desvalorizados que podem virar um pesadelo na oficina

Reunimos quatro exemplos clássicos que, apesar do charme, são notórios por problemas crônicos e um custo de propriedade que pode levar o novo dono à falência. Fique atento e, se possível, passe longe!

1. Land Rover Discovery 

O Land Rover Discovery é o sonho de consumo de quem busca um SUV robusto, luxuoso e capaz no off-road. No entanto, sua complexidade técnica é a porta de entrada para uma série de dores de cabeça caras.

Problemas crônicos:

  • Suspensão a Ar (O Calcanhar de Aquiles): É o problema mais famoso. As bolsas de ar e os componentes eletrônicos do sistema são caros e têm vida útil limitada. O rompimento de uma bolsa pode levar à queda da suspensão e exige substituição imediata.

  • Problemas no Motor e Arrefecimento: Falhas no sistema de arrefecimento, como bomba d’água e tubulações plásticas (que ressecam e trincam), podem levar ao superaquecimento crônico e, em casos graves, ao empenamento do cabeçote ou falha prematura do virabrequim (em motores 3.0 TDV6).

  • Elétrica Complexa: Problemas com chicotes elétricos e módulos (TCM – Módulo de Controle de Transmissão) são relativamente comuns e, devido à alta tecnologia embarcada, o diagnóstico e o reparo exigem mão de obra especializada e cara.

Land Rover Discovery - Foto: DivulgaçãoLand Rover Discovery - Foto: Divulgação
Land Rover Discovery – Foto: Divulgação

 

2. Chrysler PT Cruiser

Com seu design que remete aos anos 40, o PT Cruiser chama a atenção por onde passa. Importado e estiloso, seu preço de revenda é atrativo, mas o carro esconde a manutenção de um legítimo modelo americano (com peças importadas).

Problemas crônicos:

  • Sistema de Arrefecimento: A bomba d’água nos motores 2.4L é propensa a vazamentos prematuros. A recomendação é trocá-la junto com o kit completo de sincronismo (correia dentada), uma manutenção essencial e custosa.

  • Suspensão Dianteira: Conhecida por ser frágil para o asfalto brasileiro, a suspensão do PT Cruiser tem desgaste acentuado em buchas, pivôs e terminais de direção, precisando de intervenções frequentes.

  • Falhas Elétricas e de Sensores: Falhas de ignição causadas por velas e bobinas de ignição desgastadas são comuns, assim como problemas em sensores importantes, como o sensor de posição do virabrequim, que pode fazer o motor parar.

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Foto: Reprodução

3. Ford Edge

O Ford Edge conquistou o mercado com seu motor V6 forte, acabamento refinado e bom custo-benefício como seminovo. Contudo, ele possui um defeito de fábrica que, se não for corrigido preventivamente, se torna uma bomba-relógio.

Problemas crônicos:

  • Caixa de Transferência (O Ponto Crítico): O maior problema é a caixa de transferência (transfer-case) dos modelos AWD (tração integral). Ela utiliza um óleo que, com o tempo, vira uma espécie de graxa, endurece e causa a quebra da peça, resultando em um reparo que pode custar mais de R$ 10.000. Muitos proprietários relatam que o defeito aparece após os 50.000 km.

  • Problemas de Transmissão: Além da caixa de transferência, a transmissão automática pode apresentar mudanças bruscas, hesitação e deslizamento se a manutenção do fluido não for rigorosamente seguida.

  • Problemas Elétricos e Multimídia: Falhas no sistema elétrico e, em modelos mais antigos, travamentos e problemas de resposta no sistema de infoentretenimento MyFord Touch são reclamações frequentes.

Ford Edge - Foto: DivulgaçãoFord Edge - Foto: Divulgação
Ford Edge – Foto: Divulgação

4. Fiat Freemont: O Crossover com Coração Americano e Manutenção Sensível

Na verdade, o Freemont é um Dodge Journey rebatizado de Fiat, o que significa que ele tem um conjunto mecânico mais complexo e caro de manter do que um Fiat tradicional. O motor 2.4L a gasolina e os câmbios automáticos exigem atenção redobrada.

Problemas crônicos:

  • Sistema de Arrefecimento (O Mais Famoso): As conexões “T” de plástico no sistema de arrefecimento são a falha crônica mais conhecida. Elas ressecam e racham com as variações de temperatura, causando vazamentos do líquido e risco de superaquecimento do motor. A solução definitiva é a substituição por peças de alumínio ou inox, que não são baratas.

  • Suspensão Frágil: Assim como no PT Cruiser, a suspensão tende a apresentar desgaste prematuro em buchas e terminais, gerando ruídos internos e exigindo trocas frequentes para manter o conforto.

  • Câmbio Automático e Transmissão: A transmissão automática (seja de 4 ou 6 marchas, dependendo do ano) exige o óleo específico e trocas no prazo correto. A falta de manutenção ou o uso do fluido incorreto pode levar à hesitação nas trocas ou, em casos extremos, à quebra do câmbio.

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Lição: Antes de ser seduzido por um carro de luxo ou importado com preço baixo, pesquise a fundo seus problemas crônicos e avalie o custo e a dificuldade de encontrar as peças no Brasil. Muitas vezes, o valor economizado na compra se torna o prejuízo dobrado na oficina.

Leia aqui: Novo Land Rover Discovery vira flex no Brasil em versão única de R$ 485 mil


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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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