Lançado em 2024, o programa Mulheres na Ciência do Museu de História Natural de Londres oferece itinerários temáticos que, como o nome sugere, destacam a obra e a carreira de mulheres cientistas. Os tours são gratuitos e ocorrem uma ou duas vezes por semana, começando na Galeria Hintze.
Além de acrescentar contexto às peças emblemáticas do museu, os tours apresentam figuras muitas vezes esquecidas, mas que foram essenciais para o desenvolvimento de diferentes áreas do conhecimento – algumas delas inclusive trabalharam no próprio Museu de História Natural.
Na visita guiada, por exemplo, você pode conhecer a equipe de cientistas responsável por trazer par ao museu Hope, a icônica baleia azul suspensa no ar que dá boas-vindas aos visitantes. O fóssil do maior animal do mundo tem 25 metros, e foi necessária uma operação de engenharia para transportá-la.
Unindo passado e presente, as histórias relembram nomes que vão desde Dorothea Bate, paleontologista que foi uma das primeiras mulheres a ter um emprego no museu, até Miranda Lowe, pesquisadora de crustáceos e curadora atual da instituição.
Contribuições femininas em destaque em diversas áreas
Além do tour que aborda as principais contribuições de mulheres cientistas para a coleta e estudo de artefatos e animais, o Museu de História Natural oferece mais visitas temáticas dedicadas aos feitos femininos, de acordo com seu interesse.
O tour Mulheres no Espaço permite aprofundar seus conhecimentos sobre cientistas que contribuíram para avanços nos estudos do universo. Já a visita guiada sobre Paleontologia apresenta grandes entendedoras de fósseis – como Mary Anning, que, no século 19, fez importantes descobertas na costa sul da Inglaterra.
Outra opção de visita percorre a obra e as contribuições de mulheres negras cientistas. Talvez você já conheça Katherine Johnson – ela foi retratada no filme Estrelas Além do Tempo (2016) –, mas o tour é uma boa oportunidade para saber mais sobre a história verdadeira de uma das primeiras mulheres afro-americanas a trabalhar como matemática na NASA.
No museu, você pode conhecer mais da trajetória dela e de mulheres como Bianca Huertas, que estuda borboletas, e Margaret Collins, a primeira entomologista afro-americana.
Há outro passeio sobre pássaros e dinossauros, focado nas pesquisas de mulheres sobre a evolução desses animais. Tem até um passeio especial sobre os estudos de mulheres sobre as intersecções entre moda e natureza.
Para quem tiver dificuldade em escolher, o museu oferece uma opção surpresa: no início do passeio, um dos participantes do tour sorteia um dos itinerários para que o grupo acompanhe.
O que você precisa saber para visitar o Museu de História Natural
O tour Mulheres na Ciência é gratuito, mas o limite de visitantes em cada horário é de 12 pessoas. Então, vale a pena se programar e chegar cedo para não perder o lugar.
O tour sempre ocorre das 13h15 às 14h. As datas são atualizadas no site oficial, na página específica dessa visita. No momento, há datas disponíveis até 29 de outubro, uma a duas vezes por semana, conforme a época.
Para visitar o museu como um todo, também não se paga. O horário de funcionamento é das 10h às 17h50 (última entrada às 17h30). Você pode garantir os ingressos gratuitos com antecedência no site do museu.
O Museu de História Natural fica no bairro de South Kensington, na Rua Cromwell. Fica perto do Victoria and Albert Museum, do Hyde Park e do Royal Albert Hall. Dá para chegar de metrô, descendo na estação South Kensington.
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Fonte: viagemeturismo