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Política

Vereador pede licença para provar inocência em investigação da PF por ligação com facção

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O vereador Paulo Henrique (MDB), que foi alvo da Operação Ragnatela na semana passada, comunicou na tribuna da Câmara de Cuiabá que vai se licenciar do cargo por 31 dias para dar explicações junto ao inquérito da Polícia Federal. Ele relatou que foi surpreendido pela busca e apreensão negando qualquer tipo de envolvimento nos crimes citados no inquérito.

O anúncio acontece após vereadores protocolarem na presidência da Casa o pedido de abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar contra ele.

“Fui acusado de atuar para liberação de alvarás para shows em troca de benefício e vantagens. Como vereador, fui procurado por promotores de shows pretendendo a liberação de licenças e alvarás. Sempre me limitei a encaminhar tais pedidos para a pasta especifica. Sem nunca ter requerido qualquer privilégio a qualquer pessoa que seja”, afirmou, ressaltando que a investigação já dura dois anos, tendo seu sigilo bancário sido quebrado. “E não tenho nenhum depósito ilícito e nem contribuição ilegal nas minhas contas”.

Em relação a uma suposta propina de pouco mais de R$ 10,5 mil que teria recebido para o sindicato que preside, afirmou que a investigação se confundiu. Na verdade, foi o sindicato que efetuou pagamentos à empresa ligada a William “Gordão”, apontado como líder da organização criminosa.

“A empresa não pagou propina para o sindicato. Foi o sindicato que pagou a empresa por uma reforma no espaço do sindicato. Foi pagamento de telhas, como parte do pagamento. Essa nota fiscal de R$ 10.545 é referente a telhas que foi apenas parte do pagamento para a empresa. Ou seja, não recebi propina, paguei a empresa para realização da obra. Todos sindicalizados sabem dessa obra”, disparou.

O vereador ainda se defendeu em relação aos servidores de seu gabinete que foram presos na operação. São eles: Willian Aparecido da Costa Pereira, o Gordão, e Elzyo Jardel Xavier Pires. O chefe do cerimonial, Rodrigo Leal, também era uma indicação dele e foi preso.

“O indicado tem que apresentar todas as certidões criminais, antecedentes criminais. A partir da hora que ele termina o seu serviço aqui, eu não sei o que ele faz”, afirmou.

“É uma fase de investigação, mas quero com celeridade provar minha inocência. Respeito cada um de vocês, poderia simplesmente entregar minha licença e não falar nada”, completou.

 

Fonte: odocumento

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