Diante das informações que indicam o recorde de incêndios na em fevereiro, divulgadas na terça-feira 27, parlamentares da oposição ao governo de foram às redes sociais para questionar o silêncio de artistas e ambientalistas sobre os elevados índices.
A floresta enfrenta um aumento de 286% nos focos de queimadas em comparação com o mesmo período em 2023. Até a última segunda-feira, 26, as imagens de satélites revelaram 2.924 pontos de queimadas, o maior número desde a série histórica iniciada em 1999.
Os dados são do), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Em 2021, em meio a declarações de que o governo de estaria supostamente contribuindo para o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia, o Greenpeace Brasil reuniu mais de 30 artistas para lançar a Canção pra Amazônia, assinada pelo compositor Carlos Rennó e pelo cantor Nando Reis. Na época, a música foi anunciada como um “grito em defesa” da floresta.
Muitos dos artistas que participaram do projeto apoiam o e estiveram engajados em sua campanha presidencial de 2022. Até o momento, eles não se pronunciaram sobre o aumento do número de queimadas.
Em publicação feita no Twitter/X, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) questionou se algum dos participantes da Canção pra Amazônia falou sobre a questão.
O ex-vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), lembrou que o governo Lula segue culpando o El Niño pelos problemas da dengue e na Amazônia. Em uma postagem em seu perfil do Twitter/X, o senador ainda perguntou onde estão os artistas, as celebridades e os “defensores da natureza” que vociferavam contra o governo de Bolsonaro. “Deve ser um caso de indignação seletiva, que até dá rima com democracia relativa”, ironizou.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) também destacou a “indignação seletiva” dos artistas e dos ambientalistas.
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) disse que o governo Lula, com Marina Silva como ministra do Meio Ambiente, tem registrado “recorde em cima de recorde” negativo na Amazônia.
Durante o período eleitoral de 2022, algumas das bandeiras levantadas pela campanha de Lula foram as da preservação ambiental — em especial, da Amazônia — e da proteção aos indígenas. O petista, no entanto, parece estar enfrentando dificuldades para cuidar das demandas, visto que suas falhas têm se destacado nas últimas semanas.
Um balanço do governo federal mostrou que o número de mortes de indígenas na reserva ianomâmi, a maior do tipo no país e localizada entre o Amazonas e Roraima, aumentou um ano depois de Lula decretar emergência de saúde na região, dominada em algumas áreas por garimpeiros ilegais.
De acordo com informações exclusivas publicadas em , 345 indígenas da etnia morreram no ano passado, contra 343 em 2022.
Essa informação desmente o relatório apresentado em 5 de janeiro pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, : 308, em 2023, contra 343, em 2022.
Em fevereiro, sozinha, a Amazônia foi responsável por 71% dos focos de calor registrados no mês. Em seguida aparece o cerrado, com 15,2%; a Mata Atlântica, com 7,8%; a caatinga, com 3,5%; o Pantanal, com 1,7%; e o Pampa, com 0,8%.
Fonte: revistaoeste