– A prefeita de Barão de Melgaço, Margareth Gonçalves da Silva (PSD) foi alvo de busca e a apreensão durante operação Gomorra, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público, que investiga suposta adulteração de notas, utilização de “cartão coringa” como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço, no município.
A reportagem também apurou que foi preso temporariamente na operação Edézio Correa, que já havia sido denunciado pelo MPE na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa. A investigação revelou ainda que ele o sócio oculto das empresas investigadas.
Também são alvos de prisão temportária: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Eleida Maria Correa, Waldemar Gil Correa Barros, Janio Correa da Silva e Roger Correa da Silva.
Conforme o MPE, as investigações indicam a existência de uma organização criminosa constituída para saquear os cofres públicos em várias prefeituras e câmaras de vereadores de Mato Grosso. Proprietários de quatro empresas, todas com a participação de um mesmo núcleo familiar, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais.
Conforme o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais. Foi verificado, durante a investigação, que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.
A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes. Em um dos casos, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.
Fonte: odocumento