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Política

PGR Reforça Acusação Contra Moro por Declaração sobre Gilmar Mendes

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A reforçou a denúncia que tornou o senador (União Brasil-PR) réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente caluniar o ministro . Em documento enviado à ministra Cármen Lúcia, o procurador Paulo Gonet opina contra um recurso de Moro para derrubar o caso.

O documento, protocolado anteontem, orienta para que seja negado o recurso do ex-juiz da Lava Jato, apresentado no último dia 11. Na apelação, Moro e seus questionam a de provas de que ele atuou na produção do vídeo que embasa a acusação de calúnia contra Gilmar Mendes.

No vídeo, Moro aparece ao falar a apoiadores sobre “comprar um habeas corpus do Gilmar”, o que a PGR entendeu como uma acusação de passiva ao ministro. A denúncia foi feita em abril e recebida um ano depois.

Para a PGR, apesar da alegação sobre a falta de provas, Moro deve continuar sendo processado.

“A denúncia oferecida está lastreada em elementos de informação suficientes para demonstrar a prática do fato delituoso, permitindo ao réu conhecer a conduta ilícita a ele imputada, de modo a garantir o livre exercício do contraditório e da ampla defesa”, alega Gonet.

Ainda de acordo com a manifestação da PGR, a tramitação não deve ser interrompida, pois o aceite da denúncia não depende necessariamente da existência de provas aprofundadas. O embasamento foi o próprio entendimento de Cármen Lúcia, que é relatora no caso.

“Como bem elucidado pela Ministra relatora no voto condutor do acórdão embargado, no atual estágio da persecução o juízo de recebimento da denúncia de cognição sumária, independe de aprofundamentos sobre o acervo probatório, bastando haver materialidade da conduta e indícios de autoria‘.”

A chance de reverter o aceite da denúncia já era baixa para Moro, mesmo antes do parecer da PGR. Isso porque a decisão de acolhê-la, em junho passado, foi unânime entre os ministros da 1ª Turma.

Depois da veiculação do vídeo nas redes sociais, Moro se desculpou publicamente com o ministro, mas negou que tivesse cometido crime contra a honra dele.

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O Senador E Ex-Juiz Da Operação Lava Jato, Sergio Moro | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em um vídeo que repercutiu em abril de 2023, o ex-juiz da Lava Jato faz uma piada sobre o ministro, insinuando que o decano venderia decisões judiciais. “Não, isso é fiança, instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, disse Moro.

O vídeo foi gravado antes de Moro se tornar senador, mas o STF entendeu que, pelo fato de a gravação ter vindo a público durante o exercício do mandato, a Corte teria competência para julgar o caso.

Em junho, a 1ª Turma do STF recebeu a denúncia da PGR contra Moro, além de concluir que existiam elementos suficientes para a instauração da ação penal. O julgamento do mérito só acontecerá depois da chamada fase de instrução do processo — quando são ouvidas testemunhas e produzidas provas complementares.

A defesa do senador argumenta que não há provas do envolvimento de Moro na divulgação do vídeo e, no dia 11, entrou com o recurso para tentar reverter a decisão.

“Requer-se, respeitosamente, seja esclarecida a omissão acerca da existência de alguma prova, ainda que indiciária, na peça acusatória de que o senador Sergio Moro foi o responsável ou teve qualquer envolvimento na divulgação do vídeo em 14 de março de 2023, ou mesmo que teve ciência prévia dele”, diz a petição.

O mesmo argumento já havia sido usado pela defesa na tribuna do STF. Na ocasião, a defesa de Moro classificou a fala como “infeliz” e dita “em um ambiente jocoso”, além de afirmar que o senador tem “imenso ” pelo decano e que não o acusou de vender sentenças.

: revistaoeste

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