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Política

Novas restrições da PEC limitam participação de militares em eleições ativas

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O plenário do Senado realiza, nesta quarta-feira, 7, a segunda sessão de discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as condições para militares da ativa se candidatarem nas eleições.

Por ser PEC, o rito comum da é que sejam realizadas sessões antes da votação do tema em primeiro turno. Depois, é discutir o texto por mais três sessões antes da votação em segundo turno.

A primeira sessão ocorreu na terça-feira 6. Se aprovado, o texto vai para a Câmara dos Deputados. A matéria foi enviada ao Congresso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A PEC dos Militares foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 29 de novembro de 2023. A proposta proíbe que militares das que concorram em eleições continuem na ativa ao registrarem suas candidaturas.

Relator da PEC dos Militares, o senador (PSB-GO) argumenta em seu parecer que a nova regra permitirá a “completa confiabilidade” no juramento dos agentes das Forças Armadas à pátria.

“Para manter a plenitude da segurança externa do país, é fundamental que os militares estejam plenamente focados em sua missão constitucional, sem desviarem seu foco para as atividades políticas, que devem ser deixadas a outras categorias que não tenham a nobre e relevante missão de promover a defesa nacional”, argumentou o parlamentar no parecer.

Inicialmente, o texto estabelecia a saída imediata de militares que integravam o primeiro escalão do governo para a reserva. Contudo, a sugestão foi retirada após o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), considerá-la “discriminatória”.

O ministro da Defesa, José Múcio; e o então ministro da Justiça, Flávio Dino, concluíram a PEC dos Militares em agosto deste ano. À época, eles disseram que a matéria garante a “neutralidade política das Forças Armadas”.

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: Reprodução/YouTube

Durante a sessão desta terça-feira, o ex-vice-presidente da e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a PEC e destacou que os militares “não são cidadãos de segunda categoria”.

“Prefiro classificar a tentativa de retirar dos militares suas prerrogativas de cidadãos livres para se candidatar a um cargo político puro desconhecimento”, disse Mourão. “Militares não são cidadãos de segunda categoria e não podem ter cerceados o seu direito de participar da vida pública do país. Sempre foram e serão importantes para a construção do nosso querido Brasil.”

Fonte: revistaoeste

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