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Política

Moraes inicia libertação de detidos durante o evento ocorrido em 8 de janeiro

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a libertar alguns dos presos que se envolveram na manifestação do 8 de janeiro, em Brasília. O magistrado emitiu os alvarás de soltura nesta quarta-feira, 22.

Jaime Junkes, Jairo de Oliveira Costa, Tiago dos Santos Ferreira e Wellington Luiz Firmino estão na dos contemplados. Os quatro sairão da Penitenciária da Papuda, onde dividiam espaço com Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu na segunda-feira 20.

Entre agosto e outubro deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado pela soltura de Jaime, Jairo, Tiago e Wellington. Contudo, Moraes decidiu não o pedido.

A libertação dos presos ocorre um depois de um grupo de 50 parlamentares, encabeçado pelo deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), .

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“Segundo laudo anexado ao processo, datado de 11 de janeiro, o réu deveria ter recebido tratamento processual célere, sob pena de colocar em risco sua própria ”, argumentaram os parlamentares, no documento. “Entretanto, Cleriston permaneceu preso e não resistiu ao encarceramento.”

No documento, escrito em parceria com a Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, os parlamentares cobram a soltura de sete investigados.

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Segundo os parlamentares da oposição, existem réus com parecer favorável de soltura pelo Ministério Público Federal (MPF) desde agosto deste ano. “Entretanto, ainda seguem encarcerados”, constatam.

“O encarceramento é a última ratio no Direito Penal e, portanto, a não conversão das prisões preventivas em liberdade provisória sem a devida justificativa é flagrante ilegalidade, uma vez que fere o direito fundamental mais precioso de nossa Carta Magna, a liberdade”, concluíram.

Entenda o caso de Clezão, preso no 8 de janeiro que faleceu nesta semana

Um dos condenados à prisão no julgamento sobre o 8 de janeiro revelou os detalhes do estado de saúde de Clezão, .

Em depoimento exclusivo a Oeste, o homem, que prefere manter sua identidade em sigilo, disse que Clezão sempre apresentou problemas de saúde no presídio.

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“Ele nunca esteve bem lá dentro”, ressaltou o homem. “Sempre vomitava, desmaiava. Muitas vezes teve de ir para o pronto . Ele desmaiava no pátio. O médico da Papuda sempre foi atencioso com Clezão, mas o atendimento era demorado. Os carcereiros diziam que era frescura.”

Depois da morte de Clezão, o ministro Alexandre de Moraes determinou à Direção do Centro de Detenção Provisória, em Brasília, informações sobre o caso. .

Diabetes e hipertensão

Os laudos médicos obtidos pela reportagem mostram que Clezão, de 46 anos, sofria de diabetes e hipertensão. Por isso, tomava medicação controlada. De janeiro a maio deste ano, Clezão recebeu seis atendimentos médicos. Em uma das ocasiões, precisou ser levado ao Hospital Regional da Asa Norte.

Esse histórico de problemas foi insuficiente para tirá-lo da prisão, embora a PGR tenha emitido parecer favorável à sua soltura.

“Clezão poderia estar em casa, com sua família, há muito tempo”, lamentou o homem, que conviveu com Cleriston na Papuda. “Ele não teve a oportunidade de ser livre de novo. Morreu na cadeia. Foi preso injustamente por um ditador sem vergonha, que pensa que manda no Brasil.”

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Fonte: revistaoeste

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