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Política

Ministro afirma que governo persistirá com novo leilão de arroz apesar de críticas

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai insistir em realizar o leilão do arroz mesmo com a suspensão por suspeitas de irregularidades no primeiro pregão. A declaração foi dada durante depoimento na Comissão de Agricultura nesta quarta-feira, 19.

“O governo está fazendo um novo edital, com apoio da Advocacia-Geral da União e da Controladoria-Geral da União”, explicou. Fávaro disse que a (Conab) vai realizar a “qualificação” prévia das empresas que vão participar do pregão.

“Então, a qualificação passa a ter a participação da Conab anteriormente para não ficar sabendo só depois quem participou e se tem capacidade de entrega”, acrescentou o ministro sobre o novo edital do leilão do arroz. 

Carlos Fávaro ainda justificou que o primeiro certame se deu por um “ataque especulativo” nos preços do arroz depois das inundações no Rio Grande do Sul e que a suspensão foi uma “prevenção.” 

“Por que o arroz subiu 30%, 40%? Por que, ao tentarmos comprar naquele momento de dificuldade logística do Rio Grande do Sul, tentarmos comprar 100 mil toneladas do Mercosul, sem ainda tirar a taxa de importação?”, questionou. 

O ministro afirmou que, em “quatro dias, o valor disponível para comprar 100 mil toneladas se dava suficiente para comprar só 70 mil toneladas.” Depois, questionou os parlamentares presentes: “Se isso não é ataque especulativo, o que é, então?”.

O titular da Agricultura disse que o recurso do governo para o leilão é “estimado em R$ 7 bilhões. Tomara que não precise gastar tudo, mas o governo precisa fazer o lastro em cima de 10% da produção de arroz, que foi aquilo que foi tomada a decisão.”

Deputados presentes na Comissão de Agricultura criticaram a realização do leilão do arroz e afirmaram que a insistência em promover o certame vai prejudicar ainda mais os produtores rurais. 

Zucco questionou se o governo federal continuaria a insistir no leilão do arroz. “Quero que fale se vai importar arroz asiático e deixar o agricultor brasileiro na mão. Porque se não comprar esse arroz, pequenos e médios produtores vão quebrar”, assegurou.

Questionado sobre quem teria tomado a decisão do leilão, o ministro disse que foi “uma decisão do governo todo, estrategicamente.” “O governo todo se reuniu na Casa Civil a pedido do presidente Lula, com Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura e Conab.”

Fonte: revistaoeste

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