O Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez um pronunciamento no plenário da Câmara pedindo justiça pela morte de Cleriston da Cunha, 46 anos, vítima de um mal súbito na Papuda, no Distrito Federal. Nesta terça-feira, 21, o parlamentar acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de “negligência jurídica”.
“Esse homem envergonha o Direito, e deve ser deposto da sua cadeira”, declarou o deputado. “Toda medida que Moraes toma tem gerado inconsistência e desequilíbrio em nosso país”.
Níkolas exibiu no plenário uma camisa que Cleriston iria receber de presente quando saísse da cadeia, mas que acabou sendo usada por seus amigos e familiares durante o velório.
“Eu volto agora do velório de um homem que foi preso, mas não deveria ter sido preso; de um homem que está morto, mas não deveria estar morto”, lamentou o deputado. “Cleriston tinha duas filhas, era casado, e foi morto pela negligência jurídica do ministro Alexandre de Moraes”.
O empresário baiano estava preso há 11 meses por suposta participação nos atos de 8 de janeiro. Ele sofria de problemas cardíacos e chegou a ser tratado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda por pelo menos 36 vezes.
“Durante o período em que Cleriston esteve na cadeia, a defesa relatou claramente que a sua permanência ali seria uma sentença de morte, e foi o que aconteceu”, ressaltou o deputado.
Confira na íntegra o discurso de Nikolas Ferreira:
‘Justiça por Cleriston’
Nikolas Ferreira mencionou que, há dois meses, Moraes recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer favorável à soltura de Cleriston.
“Mas Alexandre de Moraes não fez justiça, e já não há mais como reverter a morte daquele homem”, denunciou. “Hoje, nós temos o símbolo de uma pessoa que morreu injustamente pela mão do Estado”.
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Ainda em pronunciamento, o deputado apelou para que as autoridades tomem a devida providência.
“Peço que tanto o presidente desta Casa, Arthur Lira, quanto o senador Rodrigo Pacheco, além dos demais ministros do STF, tomem uma posição quanto ao ministro Alexandre de Moraes”, convocou.
O deputado garantiu que está tratando do caso como se fosse do seu próprio pai. “Justiça por Cleriston”.
Fonte: revistaoeste