Nesta quarta-feira (16), o ministro de , Alexandre Silveira, deve apresentar um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre a segurança energética do país, crucial para embasar a decisão sobre o retorno do horário de verão.
O estudo do ONS chega em um momento crítico. O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 75 anos, segundo dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). No início do mês, Alexandre Silveira já tinha anunciado o horário de verão como uma “possibilidade real”.
A seca prolongada, que já afeta diretamente a geração de energia elétrica, especialmente nas regiões mais dependentes de hidrelétricas, coloca em xeque a capacidade do sistema de garantir o abastecimento sem comprometer a população e a economia.
Com a crescente preocupação da população e do setor produtivo, a expectativa é que o governo apresente uma solução que consiga mitigar os riscos, sem provocar maiores impactos na já pressionada economia nacional.
“Se o quadro atual não melhorar nos próximos dias, a possibilidade do horário de verão pode se tornar uma realidade muito premente”, declarou o ministro em 2 de outubro.
O retorno do horário de verão tem sido motivo de intenso debate nos bastidores do governo. A medida, que visa a aproveitar melhor a luz solar natural e reduzir o consumo de eletricidade nos horários de pico, foi suspensa em 2019, sob o argumento de que a economia gerada não era mais tão significativa.
Diante da crise energética e da crescente demanda por energia, a questão voltou a ganhar destaque no Planalto. Segundo Silveira, a decisão final será tomada com base em uma análise técnica profunda, levando em consideração tanto os benefícios econômicos quanto os impactos sociais.
“O objetivo é garantir a segurança energética do país sem onerar ainda mais a população”, afirmou o ministro em declarações anteriores. “Qualquer medida tomada será feita com responsabilidade e embasada nos dados apresentados pelo ONS e outros órgãos competentes.”
O relatório do ONS, entregue ao ministro na terça-feira (15), fornecerá subsídios fundamentais para a elaboração do parecer sobre a volta do horário de verão. A adoção da medida poderia aliviar a pressão sobre o sistema elétrico em um momento de alta demanda e pouca oferta de recursos hídricos.
No entanto, a decisão também precisará equilibrar fatores como o impacto sobre o comércio, o setor industrial e a saúde pública, uma vez que mudanças nos hábitos diários da população sempre geram controvérsias.
Fonte: revistaoeste