Na última semana, a criticou, por meio de seu perfil no Instagram, a disponibilização de R$ 7,2 bilhões para a importação de e afirmou que o poderia destinar a quantia para outros fins.
Com base em dados do governo do RS, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Fraport, da Confederação Nacional dos Municípios e da Prefeitura de Porto Alegre, a Federarroz estima que esses recursos seriam suficientes para investir na reestruturação do Estado, que foi atingido por enchentes em maio deste ano.
Segundo a federação, o total previsto para ser gasto com a importação de arroz seria suficiente para recuperar todos os 8,4 mil quilômetros de estradas estaduais destruídas pelas enchentes (R$ 3,3 bilhões); reparar todas as escolas estaduais (R$ 755 milhões) e todos os postos de saúde (R$ 100 milhões) afetados pelas chuvas; disponibilizar 3,9 mil moradias populares (R$ 713 milhões); investir R$ 360 milhões no Aeroporto salgado filho, de Porto Alegre, fechado desde maio por causa do alagamento e sem uma data concreta para ser reaberto; e investir quase R$ 2 bilhões em pecuária, agricultura, comércio e serviços.
“Com os R$ 7,2 bilhões aprovados pelo governo federal para importação de arroz, poderíamos utilizar esses recursos de maneira muito mais eficiente, ajudando as pessoas afetadas e recuperando a infraestrutura do estado do Rio Grande do Sul, que foi fortemente abalada”, escreveu a Federarroz na publicação no Instagram.
Em outra publicação, feita na terça-feira 25, a federação informou que a safra de arroz no Rio Grande do Sul alcançou 7,16 milhões de toneladas. A produção total estimada no Brasil é de 10,395 milhões de toneladas, enquanto o consumo médio nos últimos três anos foi de 10,44 milhões de toneladas.
Com isso, a produção nacional de arroz, somada às importações, assegura a segurança alimentar da população ao longo de 2024.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo de luiz inácio lula da silva (PT) vai insistir em realizar o leilão do arroz mesmo com a suspensão por suspeitas de irregularidades no primeiro pregão. A declaração foi dada durante depoimento na Comissão de Agricultura na quarta-feira 19.
“O governo está fazendo um novo edital, com apoio da Advocacia-geral da União e da Controladoria-Geral da União”, explicou. Fávaro disse que a (Conab) vai realizar a “qualificação” prévia das empresas que vão participar do pregão.
“Então, a qualificação passa a ter a participação da Conab anteriormente para não ficar sabendo só depois quem participou e se tem capacidade de entrega”, acrescentou o ministro sobre o novo edital do leilão do arroz.
Carlos Fávaro ainda justificou que o primeiro certame se deu por um “ataque especulativo” nos preços do arroz depois das inundações no Rio Grande do Sul e que a suspensão foi uma “prevenção.”
Fonte: revistaoeste