O deputado federal (PL-SP), que também atua como secretário de relações institucionais e internacionais do Partido Liberal, afirmou que “prender exilados na Argentina é ilegal”. O parlamentar se referiu às prisões de dois brasileiros, acusados pelo 8 de janeiro, que estavam no país. O congressista condenou a decisão da Justiça do país sul-americano por meio de uma nota pública, divulgada neste sábado, 16.
“Foi com muito pesar que tomei ciência sobre a prisão dos exilados políticos na Argentina”, escreveu o deputado. “Infelizmente, eles foram presos mesmo possuindo pedido de asilo político, que concede proteção legal contra qualquer tentativa de extradição por parte do Estado brasileiro. Ao que parece, a prisão foi feita de forma ilegal, por um juiz vinculado a esquerda radical argentina.”
No entanto, Eduardo Bolsonaro afirmou estar confiante com a Justiça da Argentina. Nesse sentido, disse que o país conta com “ferramentas institucionais para impedir esse tipo de abuso de autoridade”. “Estou confiante de que as leis do país serão respeitadas durante o governo do presidente Javier Milei, a quem admiro.”
Ele ainda disse acreditar que os brasileiros que foram presos não terão seus direitos violados. Além disso, afirmou que os acusados, que incluem idosos, mães de família e portadores de necessidades especiais, são “loucamente acusados de tentativa de golpe de Estado, pela tirania que impera no Brasil”.
Eduardo Bolsonaro também afirmou ser motivo de “piada pesarosa” o fato de pessoas serem acusadas por portarem “bolinhas de gude, estilingue e batom”. “Essas pessoas não serão, mais uma vez, as vítimas da virulência cruel dos psicopatas que agora ocupam o poder no Brasil.”
O deputado eixou claro que não vai descansar enquanto as liberdades básicas não forem respeitadas. “Assim como a esquerda mundial se uniu para criação de um sistema de perseguição internacional totalitário, nós, da direita, estamos nos unindo para frear essa tirania e criar um sistema internacional de defesa das liberdades humanas.”
Na última sexta-feira, 15, .
Foram presos , condenado a 14 anos de cadeia, e Joelton Gusmão Oliveira, condenado a 16 anos de prisão. Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pediu à Justiça da Argentina a extradição dos brasileiros que estão exilados no país.
O juiz Daniel Rafecas, da Vara Federal de Buenos Aires, foi o responsável por determinar as prisões. Advogado de Oliveira, Bruno Jordano chegou a fazer um pedido de soltura. De acordo com Jordano, a prisão é ilegal. Conforme explica, seu cliente tinha autorização provisória para morar no país. A Justiça da Argentina, no entanto, não aceitou o pedido.
Fonte: revistaoeste