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Política

Deputados querem impedir uso de dinheiro público na Vai-Vai: entenda a polêmica

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Parlamentares de direita querem barrar o repasse de dinheiro dos pagadores de impostos para a Vai-Vai.

Na segunda-feira 12, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e governador do Estado, Tarcísio Gomes de Freitas, receberam ofícios assinados pelos deputados Capitão Augusto e Dani Alonso, ambos do PL. Nos documentos, os signatários pediram a suspensão de públicos para a escola de samba.

Durante um desfile, a escola de samba representou a Tropa de Choque da Polícia Militar como um esquadrão de demônios.

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Além da reação à “ofensa deliberada” aos PMs, os parlamentares justificam a medida lembrando que a Vai-Vai está supostamente envolvida com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“A situação é ainda mais agravada pelas revelações de possíveis ligações entre a referida escola de samba e organizações criminosas, incluindo a facção PCC”, escreveram os deputados. “Essas são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública, além de ameaçar possivelmente a integridade do carnaval como espaço de expressão cultural livre de influências nefastas.”

A suposta está contida em um processo que tramita sob sigilo na Justiça de São Paulo, informou a Folha de S.Paulo em dezembro. Um dos investigados é Luiz Roberto Marcondes de Barroso, o Beto da Bela Vista, ex-diretor financeiro e atual conselheiro da agremiação. Com 15 título no Carnaval paulista, a Vai-Vai é uma das mais tradicionais escolas de samba do Estado.

Em razão disso, os parlamentares propõem que a Vai-Vai “seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”.

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Além de servir como punição, dizem os deputados, a medida daria um “claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso Estado”.

Eles também pedem uma revisão de critérios para a concessão de apoio financeiro e patrocínio a entidades e eventos culturais, “assegurando que estes não estejam de forma alguma associados a atividades criminosas ou que promovam mensagens de ódio e desrespeito contra quaisquer grupos ou instituições”.

Deputado Capitão Augusto
A alegoria da Vai-Vai ‘contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança,’ diz a nota assinada pelo deputado Capitão Augusto e pela Dani Alonso | Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Na nota, os parlamentares expressaram “profundo repúdio” e preocupação com representação “deliberadamente ofensiva” de policiais militares e outros agentes de segurança “como figuras demoníacas”.

“Tal atitude não somente desrespeita a honra e a dignidade dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, mas também contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança, em um momento em que se faz mais necessário do que nunca o reconhecimento e o apoio ao seu trabalho”, acrescentaram Capitão Augusto e Dani Alonso.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) contra a Vai-Vai, como . Parlamentares registraram o fato de que o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) participou do desfile da escola de samba paulista.

Fonte: revistaoeste

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