O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira 21 regime de urgência para o que cancela recente portaria do Ministério do Trabalho que dificulta o funcionamento do comércio aos domingos e em feriados.
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A pasta comandada por Luiz Marinho que obriga patrões e empregados a firmarem acordo coletivo para liberar o trabalho nesses dias. Essa regra tinha sido revogada no governo de Jair Bolsonaro.
A urgência da votação do PDL foi aprovada por 301 votos a 131. O autor do projeto, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), disse que a nova regra não foi discutida com os patrões e pode colocar em risco o comércio de diversas cidades.
“Essa medida, tomada sem uma avaliação prévia, compromete a manutenção de milhares de empregos em diversas atividades que vinham operando com sucesso desde 2019 em todo o Brasil”, afirmou Gastão. “Defendemos mais tempo para negociar e não ter uma portaria dizendo que a falta de acordo coletivo poderá fechar as portas do comércio.”
O deputado também argumentou que restringir o funcionamento do comércio em dias estratégicos reduz significativamente a receita das empresas, afetando não só os negócios em si, mas também a arrecadação de impostos, que são essenciais para o financiamento de políticas públicas e investimentos em infraestrutura.
Para o deputado Alfredo gaspar (União-AL), a portaria do governo Lula é um retrocesso. “É um retrocesso imposto à liberdade econômica e ao trabalho honrado de milhares de pessoas”, disse. Petistas e deputados de esquerda votaram contra o regime de urgência. Eles são favoráveis à nova regra.
Reação da Câmara ocorre em meio a críticas contra restrição de funcionamento do comércio
Entidades patronais criticaram a portaria do governo Lula e disseram que a revogação da norma antiga iria aumentar a dificuldade de encontrar trabalhadores para domingos e feriados.
Em nota, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) disse que a decisão do governo é “um cerco à manutenção e à criação de empregos, o que representa o maior desafio do século na geração de renda e valor para a sociedade brasileira”. Para a entidade, a medida é um retrocesso para um setor que emprega 3,2 milhões de pessoas no país, além de atender 28 milhões de consumidores diariamente.
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O Novo também criticou a proposta e chegou a apresentar um PDL. A líder do partido na Câmara, Adriana Ventura (SP), disse que “não tem fundamento interferir na relação empregador e empregado para incluir os sindicatos para atrapalhar o que já está funcionando”. “Isso aumenta a burocracia e os custos. É mais um retrocesso do governo Lula”, afirmou a deputada.
Fonte: revistaoeste