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Política

‘Batalha interna no PT: grupos tentam impedir retorno de Marta Suplicy ao partido’

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A volta da ex-prefeita de São Paulo ao Partido dos Trabalhadores () criou uma interna na sigla. Ela deve ser candidata a vice-prefeita da capital paulista na chapa de Guilherme Boulos (Psol). Porém, grupos internos tentam impedir a volta da parlamentar ao partido.

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, membro importante do diretório nacional do partido, divulgou uma carta, nesta quarta-feira, 17, em que pede um debate e uma votação sobre o de Marta ao partido. Ele é considerado o coordenador do movimento contrário à volta da ex-prefeita.

De acordo com a CNN Brasil, Pomar enviou um documento ao secretário- do partido, Henrique Fontana. Na carta, argumenta contra Marta, relembrando, por exemplo, o voto dela favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Além disso, também critica o modo que a ex-prefeita saiu do partido.

“A moral da história é: qualquer um pode fazer qualquer coisa, e, apesar disso, em nome de uma possível vantagem eleitoral, estamos sempre dispostos a virar a página”, escreveu Pomar. “O resultado prático é desmoralizar os que se mantiveram firmes nos momentos mais difíceis e, ao mesmo tempo, estimular futuras traições.”

O petista ainda disse que a volta de Marta à sigla não é uma “saudável autocrítica”, mas uma demonstração de “falta de respeito do partido para consigo mesmo”. O texto foi compartilhado entre os diretores nacionais da legenda pelo WhatsApp.

A alta cúpula do PT, que é favorável ao retorno de Marta ao partido, tem discutido formas de amenizar a resistência que os integrantes têm demonstrado com a decisão. A volta da ex-prefeita à legenda foi articulada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornal petista O Trabalho divulgou um artigo, escrito por Barbara Corrales, Carlito Pires e Henrique Ollitta, membros dos diretórios municipal e estadual do PT em São Paulo. No texto, o trio critica a volta de Marta ao partido.

O artigo relembra a saída de Marta do PT em 2015 e o voto da então senadora favorável ao impeachment de Dilma. Na época, a ex-prefeita lembrou dos casos de corrupção nos quais o partido estava envolvido.

Os colunistas do jornal petista também lembraram dos votos de Marta favoráveis ao de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos e da reforma trabalhista. Além disso, criticaram a participação de Marta na gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

“Eleitoralmente Marta será questionada por ter feito parte de um governo bolsonarista até a semana passada”, diz o texto. “Uma credencial nada positiva para nossa chapa eleitoral.”

Os colunistas ainda questionaram a falta de debate interno sobre o retorno de Marta ao partido.

“Não cabe ao partido discutir esse retorno?”, perguntaram os colunistas. “Não cabe discutir se um dirigente, depois de se passar com armas e bagagens para o lado dos patrões, não teria de discutir aberta e publicamente como pretende rever suas posições e erros? Para nós, esse caso emblemático não encerra uma discussão somente de chapa e conveniência eleitoral.”

Fonte: revistaoeste

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