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Política

Autoridades investigam troca de mensagens entre ex-assessor do TSE e juiz auxiliar: Moraes toma decisão

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (), decidiu investigar as mensagens trocadas entre Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e , juiz auxiliar na Suprema Corte. O inquérito foi aberto na última segunda-feira, 19.  

Recentemente, . No mesmo dia, Moraes afirmou que “nenhuma das matérias preocupa” seu gabinete e que tudo está documentado. 

A ação de Moraes fez a Polícia Federal (PF) intimar Eduardo Tagliaferro para depor, na quinta-feira 22, em São Paulo.

Quem é Eduardo Tagliaferro, que agia a mando de Moraes em ações contra aliados de Bolsonaro
Eduardo Tagliaferro É Ex-Chefe Da Assessoria Especial De Enfrentamento À Desinformação, Do Tribunal Superior Eleitoral (Tse) | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Eduardo Kuntz, advogado de Tagliaferro, enviou um ofício a Moraes. Ele afirma estar surpreso com a investigação e convocação para o depoimento.

Além disso, o advogado solicitou “acesso total e irrestrito aos elementos de informação” do procedimento. Ele alegou que, sem isso, o processo poderia ser prejudicado.

As ordens solicitadas pelo ministro e seus assessores a Tagliaferro eram informais. As mensagens mostram que os assessores de Moraes estavam cientes dos riscos dessa informalidade.

Quem é Airton Vieira, juiz que por ordens de Moraes pediu relatórios ao TSE
Airton Vieira Assinou Decisões Confidenciais No Chamado Inquérito Das Fake News | Foto: Reprodução/Youtube

Em um dos áudios, Airton Vieira afirma que, “formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada”. “Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] para alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato.”

As mensagens ainda revelam que o órgão de combate à desinformação do TSE foi usado para abastecer o Inquérito das Fake News. Um policial militar no gabinete de Moraes solicitou à assessoria informações sobre uma pessoa que faria uma obra na casa do ministro — uma questão fora do escopo do órgão.

Em outro episódio, Moraes usou o órgão para levantar dados e produzir relatórios contra manifestantes que insultaram ministros do Supremo durante um evento privado em Nova York (EUA).

Fonte: revistaoeste

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